Economia

Consumo das famílias cai 1,7% no primeiro trimestre de 2021

21 jun 2021, 17:22 - atualizado em 21 jun 2021, 17:22
Loja da Marisa
No primeiro trimestre deste ano, o IPCA ficou em 5,3%, o que corresponde a um aumento de 1,5% nos gastos do consumidor

Apesar do crescimento de 1,2% que o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou no primeiro trimestre de 2021, o levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também mostra que o consumo das famílias brasileiras caiu 1,7%, puxado pelo aumento da inflação e do desemprego e pelo fim do auxílio emergencial.

O resultado negativo já era esperado por economistas no fim do ano passado, quando a não prorrogação do auxílio foi anunciada. Afinal, o programa de transferência de recursos conseguiu, mesmo que temporariamente, diminuir a desigualdade de renda, entregando a trabalhadores informais, autônomos e desempregados, certo poder de compra para enfrentar a crise.

Outro fator que impactou no PIB foi o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que apresenta a variação do custo de vida médio de famílias que possuem renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.

No primeiro trimestre deste ano, o IPCA ficou em 5,3%, o que corresponde a um aumento de 1,5% nos gastos do consumidor, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Com o preço dos produtos e serviços mais altos, as famílias, especialmente as de baixa renda, precisaram buscar alternativas para conseguir arcar com as despesas. Diante desse cenário, é comum que a primeira medida adotada seja diminuir o consumo.

Contudo, não são todos que conseguem ao menos essa oportunidade, já que não possuem renda suficiente para cobrir gastos básicos, como alimentação e higiene.

Dados do Cadastro Único do Governo Federal (CadÚnico) de abril, mostram que cerca de 14,5 milhões de brasileiros estão vivendo em situação de extrema pobreza. Antes do início da pandemia, em fevereiro de 2020, esse número era de 13,4 milhões, ou seja, 1 milhão e 100 mil pessoas passaram a fazer parte desse grupo.

A alta da miséria no país segue o mesmo sentido da taxa de desempregados. Apesar de ser comum que no primeiro trimestre de cada ano o índice de desocupação seja maior, por conta das contratações temporárias, em 2021, o recorde de 14,7% foi atingido, o que equivale a 14,8 milhões de pessoas sem emprego, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD).

São quase 15 milhões de brasileiros que estão em busca de vagas no mercado de trabalho.

Mas de acordo com o Ministro Paulo Guedes, em fevereiro deste ano, o Brasil registrou 1.694,604 admissões e 1.292.965 desligamentos de empregos com carteiras assinadas, o que corresponde a 401.639 novos postos de trabalho e representa o maior crescimento para o mês desde o início da série história do Novo Caged, em janeiro de 2020, que mantém métricas diferentes, como a inclusão dos trabalhadores temporários na soma, do Caged criado em 1992.

Segundo a Carta de Conjuntura nº 51, da Diretoria de Estudos e Políticas Macroeconômicas (Dimac), mesmo com a aceleração da atividade econômica, esperada para o segundo semestre deste ano, a taxa de desocupação deverá seguir elevada. Portanto, sem uma diminuição significativa da inflação, a tendência é que o consumo das famílias permaneça em queda.

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