AgroTimes

Contra o desmatamento, Verde Agritech propõe não vender fertilizante à Amazônia

24 maio 2023, 13:22 - atualizado em 24 maio 2023, 13:22
Potássio
Ao todo, a iniciativa vai proteger um território total de 2,23 milhões de km2 (Imagem: REUTERS/ Vasily Fedosenko)

A Verde Agritech, empresa com maior capacidade de produzir potássio do Brasil, vai propor aos acionistas que a companhia não venda fertilizantes para 218 municípios da Amazônia. A decisão do Conselho de Administração, em linha com as premissas de operação sustentável da companhia, tem por objetivo estimular o combate ao desmatamento em um dos territórios mais ricos em biodiversidade no mundo. A votação será em junho, informa a companhia em comunicado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O fundador e CEO da Verde Agritech, Cristiano Veloso, afirmou na nota que “do ponto de vista de faturamento, não terá impacto no nosso negócio, mas reforça o compromisso da agricultura brasileira com um modelo de produção que já é o mais sustentável do mundo”. “O agricultor brasileiro é altamente tecnológico, com produtividade recorde nos últimos anos, comprovando esse compromisso de cada agricultor em produzir de forma mais eficiente e sustentável”, acrescentou.

O executivo ressaltou que a empresa venderá produtos para a região apenas se for algum projeto de reflorestamento de mata nativa. “Os agricultores do Brasil estão comprometidos com o meio ambiente, porque entendem a importância dos recursos naturais para produzir alimentos.”

Ao todo, a iniciativa vai proteger um território total de 2,23 milhões de km2. Segundo estatísticas da plataforma IBGE Países, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a área é maior, em extensão, do que Japão, Alemanha, Reino Unido, França e Itália somados, nações que fazem parte do top 10 de maiores economias do mundo.

“Somos uma empresa que usa tecnologia para produzir uma nova geração de fertilizantes, de forma sustentável e que tem o meio ambiente como aliado da produção de alimentos, valorizando os microrganismos do solo que ajudam, inclusive, a reduzir o uso de agroquímicos”, disse Veloso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Desde o ano passado, a companhia tem capacidade para produzir 3 milhões de toneladas de fertilizantes e anunciou investimentos de R$ 275 milhões para construção de uma terceira unidade produtiva, que fará com que a empresa atinja até 16,4% da demanda nacional por potássio. O projeto contempla outras fases de investimento, podendo chegar a 60% de todo potássio que o Brasil necessita.

As plantas industriais da companhia estão em São Gotardo e Matutina, interior de Minas Gerais, em uma operação que é ambientalmente sustentável, sem a necessidade de barragem ou rejeito. O processo não utiliza produtos químicos graças à tecnologia Cambridge Tech, desenvolvida em parceria com a Universidade de Cambridge, no Reino Unido.

No fim do ano passado, a empresa solicitou à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorização para construir um ramal ferroviário interligando as plantas da companhia ao Triângulo Mineiro. A companhia aguarda liberação. A linha férrea vai se conectar a sete Estados e ao Distrito Federal, por meio de uma rede que tem parte administrada pela Ferrovia Centro Atlântica (FCA). O projeto permitirá o transporte de até 55% da demanda do agronegócio por fertilizante potássico, podendo atingir até 50 milhões de toneladas por ano.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado agro?

Editoria do Money Times traz tudo o que é mais importante para o setor de forma 100% gratuita

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar