CRAs e CRIs que rendem até 16% ao ano (com aporte de R$ 1 mil) para aproveitar por 2 anos e meio

O ano de 2023 começa repleto de oportunidades interessantes para os investidores na renda fixa. Indo muito além da caderneta de poupança e dos CDBs, é possível obter rentabilidades em torno de 16% ao ano ao aplicar em CRAs e CRIs com prazos de de vencimento de até dois anos e meio.

Tanto o CRA (Certificado de Recebíveis do Agronegócio), quanto o CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliário), permitem ao investidor receber o lucro do dinheiro emprestado às empresas sem a cobrança do Imposto de Renda (IR).

Por isso, esses títulos de crédito privado podem apresentar taxas nominais inferiores aos de CDBs, por exemplo. Contudo, no fim das contas acabam pagando mais ao investidor.

Afinal, quem empresta dinheiro para bancos é taxado no IR (o mesmo vale para títulos públicos no Tesouro Direto).

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Com a taxa Selic mantida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), os CRAs e CRIs indexados ao CDI ganham mais tempo remunerando melhor o investidor.

E as perspectivas de cortes para a Selic em 2023 estão cada vez mais escassas, o que por um lado é excelente para quem faz o seu dinheiro multiplicar na renda fixa.

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Mercado primário e secundário

Os títulos de renda fixa no mercado primário são os recém emitidos pelas empresas e podem apresentar um rendimento inferior na comparação com os títulos no mercado secundário.

No mercado secundário de renda fixa, o investidor encontra títulos com vencimentos mais curtos e chance de retorno maior, enquanto houver oferta daquele produto na corretora. Os valores mínimos para investir no mercado secundário podem ser mais elevados do que no primário.

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O melhor horário para acessar o mercado secundário é logo após a abertura do mercado às 10h (horário de Brasília) dentro das próprias corretoras e bancos.

Na sequência, os títulos de renda fixa com melhor prêmio de risco rapidamente se esgotam a depender da oferta e demanda pelo título que foi relocado a negociação pela corretora, após um primeiro investidor ter vendido o papel antes do vencimento.

CRAs e CRIs para investir no curto prazo

O Money Times apurou que os CRAs e CRIs com as taxas de rentabilidade mais expressivas nos mercados primário e secundário de renda fixa giravam ao redor de 16% ao ano, com prazos de vencimento de até dois anos e meio para o resgate, de acordo com dados do TradeMap, consultados nesta quinta-feira (2).

Os preços e as taxas dos CRAs e CRIs foram consultados no dia 2 de fevereiro de 2023. Os valores podem oscilar em razão da marcação a mercado diária, até o vencimento de cada título de crédito privado, além da variação dos indexadores CDI e IPCA ao longo do tempo.

Outra forma de fazer dinheiro na renda fixa, além de segurar o título até o seu vencimento, é vendê-lo antecipadamente quando se tem clareza do ciclo de queda da taxa Selic, momento em que os preços dos títulos sobem e o investidor tem a chance de vender com lucro.

É possível que o investidor venda um CRA ou CRI antes do prazo de resgate (vencimento) no mercado secundário, mas não há garantia de que haverá lucro ou prejuízo na operação, a depender de quanto o mercado está disposto a pagar pelo título no momento.

Todos os CRAs e CRIs mencionados na matéria não têm a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Daí a importância do investidor acompanhar a nota de crédito e classificação de risco das empresas antes de investir.