Taxa Selic

Copom sobe o tom e alerta para dois pontos; confira o que diz o comunicado

01 fev 2023, 19:07 - atualizado em 01 fev 2023, 19:11
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Taxa Selic pode subir mais hoje, mas recentes altas não estão contendo a inflação; entenda. (Imagem: Agência Brasil)

O Comitê de Política Monetária (Copom) subiu o tom no comunicado que acompanhou a decisão de manter a taxa Selic em 13,75% nesta quarta-feira (1º). Foi a primeira reunião do Comitê do Banco Central desde o início do governo Lula.

No texto, o Copom acende o sinal de alerta para as incertezas no âmbito fiscal e com as expectativas para a inflação. Segundo a autoridade monetária, ambos os pontos demandam maior atenção, sendo que houve uma piora das expectativas inflacionárias em prazos mais longos. 

Com isso, o BC reitera que segue vigilante na condução do juro básico, avaliando se a estratégia de manutenção da taxa Selic por “período mais prolongado” será capaz de assegurar a convergência da inflação em direção à meta.

Copom sobe o tom e manda recado

Para o economista-chefe do Banco Original, Marco Caruso, o comunicado do Copom foi duro (“hawkish”). “O Copom deu todos os recados, de um modo geral bastante hawkish”, avalia.

Para ele, o BC sinaliza que considera manter a Selic estável por um período ainda maior. “O Copom começa a cogitar em manter a taxa parada por mais tempo”, diz.

Ou seja, “uma estratégia mais dura do que se imaginava antes”. Vale lembrar que a Selic subiu pela última vez em agosto do ano passado, para o nível atual, no qual vem se mantendo desde setembro.

“O BC indica que tanto a inflação quanto a questão fiscal vão adiar queda dos juros”, emenda o economista-chefe da Messem Investimentos, Gustavo Bertotti. Ainda assim, ele avalia que o Copom deve reduzir a Selic a partir do segundo semestre deste ano.

Segundo ele, os próximos meses serão decisivos para o BC. “Caso as perspectivas [de inflação e juros] fiquem estáveis, o primeiro corte na Selic deve vir em agosto, na casa de 0,25 ponto percentual (pp)”, estima.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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