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Criminosos movimentaram US$ 34 milhões em cripto via DeFi em 2020, afirma Chainalysis

25 jan 2021, 16:39 - atualizado em 25 jan 2021, 16:39
Cerca de US$ 34 milhões de transações em DeFi foram realizadas por criminosos, mas representam apenas 0,02% do volume estimado nessas plataformas (Imagem: Freepik/macrovector)

Quase US$ 144,3 bilhões passaram por corretoras descentralizadas (DEXs) em 2020, mas nem todas as transações envolveram criptoativos obtidos legalmente.

A empresa de análise em blockchain Chainalysis estima que cerca de US$ 34 milhões de transações em finanças descentralizadas (DeFi) foram realizadas por agentes criminosos.

Valor mensal total recebido por DeFi de entidades criminosas (Imagem: Chainalysis)

US$ 34 milhões parecem não ser muito dinheiro — afinal, é apenas 0,02% do volume estimado em DEXs.

Porém, esse número ainda é significativo porque a frequência de tais atividades poderá aumentar em 2021, escreveu Jacob Illum, cientista-chefe da Chainalysis, em um rascunho compartilhado com o The Block.

Um fator nesse crescimento numérico será puramente logístico — empresas de análise em blockchain, como Chainalysis e Elliptic, não encontraram todas as atividades ligadas a crime que aconteceram em 2020.

Assim, é provável que divulguem ocorrências adicionais este ano, conforme a Chainalysis havia mencionado previamente em relação ao esquema Ponzi da PlusToken. Os eventos principais datam para 2019, mas muitos dos players principais não foram identificados até o ano seguinte.

Illum menciona outro motivo para a crescente taxa na atividade DeFi: cibercriminosos se atentaram aos contratos autônomos em DeFi, que roteiam fundos para carteiras de usuários dependendo dos termos estipulados pelo código.

Há uma falta de supervisão humana entre transações e Illum argumenta que, como resultado, a lavagem de dinheiro via DeFi irá aumentar.

Qual é a relação do bitcoin e do dólar com a lavagem de dinheiro?

“A pergunta que fica é se as plataformas mais populares serão aquelas cujos administradores retêm controle suficiente para evitar transações criminosas, assim como no hack à KuCoin”, escreveu Illum.

O terceiro motivo é que mercados ilegais, como Televend, estão se descentralizando. Televend usa robôs criptografados em chats automáticos no Telegram para conectar mais de 150 mil vendedores e compradores.

Compradores apresentam ordens em um chat automatizado e, em seguida, recebem um endereço de bitcoin gerado pelo robô.

“Televend recebe comissões sobre cada venda, mas nunca toca nos fundos, então não existe uma entidade central de aplicação da lei que faça o rastreamento via análise em blockchain — as transações passam despercebidas mais facilmente”, segundo Illum.

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