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CSN Mineração (CSNA3): Ação pode subir 37% e entregar mais dividendos, diz BB

11 abr 2022, 12:06 - atualizado em 11 abr 2022, 12:06
Minério de Ferro
O BB Investimentos tem perspectivas positivas para a CSN Mineração, que registrou em 2021 seus melhores números (Imagem: Pixabay/francescobovolin)

O BB Investimentos iniciou a cobertura das ações da CSN Mineração (CMIN3), controlada da CSN (CSNA3), com recomendação de compra e preço-alvo estimado para 2022 de R$ 8.

O time de análise da instituição tem perspectivas positivas para a companhia, que registrou em 2021 seus melhores números, seguindo o momento favorável para o minério de ferro ao longo do ano.

“Apesar da desaceleração apresentada no terceiro e quarto trimestres de 2021, as perspectivas para o setor continuam positivas para 2022, com a demanda aquecida e preços em patamares elevados”, comenta Mary Silva, responsável pelo relatório divulgado nesta segunda-feira (11).

Qualidade do minério de ferro

As projeções para o longo prazo são igualmente positivas. O BB Investimentos vê a CSN Mineração bem posicionada para capturar o potencial crescimento de demanda, sobretudo de minério de ferro de alta qualidade, em linha com a tendência de descarbonização da indústria siderúrgica no mundo.

O BB Investimentos destaca que a CSN Mineração, além de uma estrutura de custos competitiva, possui reservas de minério de alta qualidade e está investindo em melhorias na capacidade de produção de produtos de alto teor de ferro e baixa alumina.

Segundo a instituição, após a conclusão dos projetos de expansão da mineradora, o teor de ferro médio do minério da CSN Mineração deve atingir 67%, o que pode se traduzir em “captura de prêmios” sobre a principal cotação de referência da commodity, com teor de ferro de 62%.

Descontada

Até a metade do ano passado, as ações da CSN Mineração apresentavam performance superior à do Ibovespa. Devido a um movimento de correção nos preços do minério de ferro, os papéis da companhia começaram a cair e até agora não retomaram o preço do IPO (oferta pública inicial de ações).

Segundo o BB Investimentos, os resultados da CSN Mineração no terceiro e quarto trimestres se descolaram da cotação do minério de ferro, com o spread entre o preço de mercado do minério e o preço médio realizado da empresa aumentando.

Isso, em conjunto com a redução de volumes e o aumento de custos de produção e fretes marítimos, corroeu a rentabilidade da empresa, diz Silva.

De acordo com a analista, o mercado adotou um desconto superior no preço da ação, o que não aconteceu com Vale (VALE3), que teve seus resultados menos impactos pelos desafios do setor no período.

A ação da CSN Mineração continua descontada, negociada a um múltiplo 3 vezes EV/Ebitda (valor da empresa sobre Ebitda), abaixo da média de 12 meses da própria companhia (3,2 vezes) e dos pares listados (3,9 vezes).

O preço-alvo de R$ 8 implica potencial de valorização de 37,2% em relação à cotação do último fechamento.

Mais dinheiro para o acionista?

Outro fator que justifica a recomendação de compra do BB Investimentos para a ação é a possibilidade de maior retorno aos acionistas via dividendos e recompra de ações.

“Desde o IPO, a companhia distribuiu R$ 2,6 bilhões em proventos e tem uma proposta de distribuição de mais de R$ 2,5 bilhões em dividendos”, afirma Silva.

Se a proposta for aprovada, a política de distribuição de dividendos da companhia pode atingir um payout próximo de 80% do lucro líquido e um yield de 10,9% em relação ao preço da ação no IPO.

Sobre programas de recompra de ações, a CSN Mineração desembolsou R$ 650 milhões para recomprar em torno de 105 milhões de ações em seus dois programas no ano, atualmente em tesouraria.

“Entendemos como positivo os movimentos de recompra, mas se o ritmo de novos programas aumentar significativamente, podemos ver algum impacto na liquidez do papel. A empresa também está atenta a esse ponto”, completa a analista.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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