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CSN: resultados trazem surpresa em siderurgia; mineração desaponta

24 fev 2021, 15:04 - atualizado em 24 fev 2021, 15:04
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A CSN encerrou o quarto trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 3,9 bilhões (Imagem: Facebook/Companhia Siderúrgica Nacional)

A CSN (CSNA3) conseguiu atender as expectativas dos analistas e reportou números fortes no quarto trimestre de 2020. O desempenho das operações de siderurgia em receitas e volumes surpreendeu de forma positiva o Inter Research, enquanto o segmento de mineração, prejudicado pelas chuvas no período, ficou aquém do esperado.

“A mineração […] trouxe produção e vendas abaixo das nossas estimativas, mesmo considerando os efeitos climáticos do período, embora fortemente beneficiada pelos maiores preços do minério de ferro nos mercados internacionais”, comentou a analista Gabriela Cortez Joubert, em relatório divulgado ontem.

A CSN encerrou o quarto trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 3,9 bilhões, mostrando um crescimento expressivo ante os resultados dos últimos três meses de 2019, quando lucrou R$ 1,2 bilhão.

A receita líquida totalizou R$ 9,8 bilhões, o que corresponde a um aumento de 12% no comparativo anual. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 4,738 bilhões.

A produção de placas somou 898 mil toneladas no período. As vendas de aço chegaram a 1,2 milhão de toneladas, o que contribuiu para que a receita do segmento atingisse R$ 5 bilhões.

A produção de minério de ferro totalizou 7,8 milhões de toneladas, enquanto as vendas da commodity fecharam em 8,6 milhões de toneladas.

O Inter Research manteve a recomendação de compra e o preço-alvo de R$ 36 para a ação. O time de análise está revisando a tese de investimento da companhia, uma vez que suas projeções não incluem as estimativas com a CSN Mineração no cenário pós-IPO.

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A Planner disse que a CSN “está conseguindo algo que sempre prometeu”: desalavancagem financeira (Imagem: Divulgação/CSN)

2021

A Planner destacou a excelente performance que a CSN vem apresentando nos últimos trimestres, tanto em lucro quanto em expansão de geração de caixa. Segundo a corretora, em um cenário de alta expressiva nos preços do aço, elevadas cotações do minério de ferro e demanda aquecida no mercado interno, a CSN tem tudo para seguir entregando resultados cada vez melhores neste ano.

A Planner ainda disse que a CSN “está conseguindo algo que sempre prometeu”: desalavancagem financeira.

“A relação dívida líquida/Ebitda caiu de 3,8 vezes em dezembro/19 para 2,2 vezes ao final de 2020, e a diretoria comunicou que estima a redução para 1 vez no quarto trimestre de 2021”, comentou Luiz Francisco Caetano, autor do relatório divulgado pela Planner nesta quarta-feira.

A corretora planeja atualizar suas projeções. Por ora, sua recomendação para o papel é de compra, com preço-justo de R$ 44.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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