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Cuidado com a alta destas ações: fundamentos ainda não melhoraram, diz Bradesco BBI

14 jun 2023, 16:44 - atualizado em 14 jun 2023, 16:50
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Bradesco BBI chamou a atenção para a inadimplência de pessoa física em abril. (Imagem: Freepik)

O Bradesco BBI ainda prega cautela com as ações do setor bancário, depois da disparada dos últimos meses, segundo relatório assinado por Gustavo Schroden e equipe.

A instituição segue com a ação do BTG Pactual (BPAC11) como a preferida do setor porque, segundo o banco, deve ser a maior beneficiada da queda dos juros.

Ação Recomendação Preço-alvo Potencial em 12 meses Alta nos últimos 6 meses
Itaú Unibanco (ITUB4) Neutro R$ 29 5% 20%
Banco do Brasil (BBSA3)  Neutro R$ 48 -3% 55%
BTG Pactual (BPAC11) Outperform R$ 30 2% 32%
Santander (SANB11) Under perform R$ 25 -16% 15%
Banco Pan (BPAN4) Neutro R$ 5,30 -36% 35%
Nubank (NU) Under perform US$ 3 -61% 94%
ABC Brasil (ABCB4) Neutro R$ 19 4% -2%
Banrisul (BRSR6) Neutro R$ 11 -21% 55%

Para os analisas da instituição, a melhora do setor na Bolsa está mais relacionada a expectativas de cortes nas taxas de juros antes do que o esperado anteriormente do que a uma melhora na qualidade dos lucros.

“O crescimento dos lucros em 2023/24 ainda depende de uma aceleração na originação de crédito, pois já vimos uma rápida desaceleração no crescimento da receita líquida de juros com clientes, após um crescimento mais lento dos empréstimos e redução do risco da carteira”, disseram.

Eles destacaram que a qualidade dos ativos continuou piorando tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas, enquanto a margem financeira com clientes vem desacelerando. “Os fundamentos ainda não melhoraram”, afirmou o banco.

Inadimplência segue em alta

O Bradesco BBI chamou a atenção para a inadimplência de pessoa física em abril, que apresentou deterioração de 0,2 ponto percentual na base mensal, principalmente devido a cartões de crédito com juros parcelados e cheque especial.

Os créditos não produtos (NPLs) para empresas também se deterioraram em abril, principalmente por causa do capital de giro, segundo o Bradesco BBI.

O crescimento do crédito total desacelerou pelo décimo mês consecutivo, para 11,1% em abril, refletindo o crédito pessoal (ex-consignado), rotativo do cartão de crédito e empréstimos para empresas.

O Bradesco BBI cita um “mix negativo” que faz com que o custo do risco continue alto por mais trimestres, enquanto a margem de lucro com clientes deve continuar em desaceleração. “A recuperação provavelmente dependerá de um ambiente macro melhor”.

*Bradesco fica fora da cobertura do Bradesco BBI

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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