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Dificuldade de mineração da rede Bitcoin sofreu queda antes de comunicado da China

31 maio 2021, 14:22 - atualizado em 31 maio 2021, 14:22
A taxa de dificuldade serve como referência para o nível de dificuldade de mineração de um bloco e é ajustada aproximadamente a cada duas semanas, além de estar positivamente correlacionada à taxa total de hashes da rede (Imagem: Freepik/starline)

A dificuldade de mineração do protocolo Bitcoin passou uma grande queda nesse domingo (30) conforme a taxa de hashes — ou a taxa da velocidade de processamento — da rede caiu significativamente, mesmo antes do comentário da China sobre a repressão a atividades de mineração de bitcoin (BTC).

Dados do blockchain mostram que a dificuldade de mineração da rede se ajustou para 21,05 trilhões na altura do bloco 685.440 — uma queda de 16% em comparação à sua alta recorde registrada em 13 de maio.

(Imagem: BTC.com)

Na verdade, o intervalo médio de produção de blocos do Bitcoin já subiu para 11,8 minutos entre 13 de maio — a última data de ajuste da dificuldade de mineração — e 21 de maio — quando o Conselho do Estado da China iterou, em uma reunião recente, que precisa haver uma repressão nas atividades de mineração e negociação de bitcoin no país.

Esse intervalo era 18% mais rápido do que o intervalo previsto de dez minutos entre blocos, o que também sugere que a taxa de hashes média, entre 13 e 21 de maio, já caiu para cerca de 147 exahashes por segundo (EH/s).

Após o comentário do Conselho do Estado da China no dia 21, a taxa de hashes móvel de sete dias continuou relativamente estável, próxima do nível de 150 EH/s.

O poder computacional relacionado ao bitcoin caiu desde 13 de maio por conta de alguns fatores.

Embora alguns mineradores tenham começado o processo de migração, saindo de províncias no norte da China para o núcleo de hidroelétricas em Sichuan, usinas elétricas em Sichuan estão limitando o fornecimento para indústrias que consomem muita energia, incluindo fazendas de mineração, por conta do atraso das chuvas este ano.

Como resultado, há uma crescente demanda do público geral, que deve ser priorizado.

Ainda veremos se e como o governo de Sichuan irá reagir aos altíssimos sinais políticos do Conselho do Estado em termos de reprimir atividades de mineração de bitcoin.

Diferente de suas contrapartes na Mongólia Interior, onde a energia é amplamente dependente de combustível fóssil, o governo de Sichuan realizará um seminário nesta quarta-feira (2) para entender qual seria o impacto que uma simples proibição teria na economia hidroelétrica local.

Enquanto isso, alguns mineradores estão buscando por recursos energéticos no exterior para exportar seus equipamentos para fora da China e se proteger de futuras incertezas regulatórias.

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