Economia

Dívida pública federal sobe 1,6% em novembro, diz Tesouro

27 dez 2022, 15:10 - atualizado em 27 dez 2022, 15:19
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No período, a dívida pública mobiliária interna teve alta de 1,59%, a 5,616 trilhões de reais (Imagem: Shutterstock)

A dívida pública federal do Brasil subiu 1,60% em novembro sobre outubro, a 5,871 trilhões de reais, informou o Tesouro Nacional nesta terça-feira.

No período, a dívida pública mobiliária interna teve alta de 1,59%, a 5,616 trilhões de reais.

De acordo com o Tesouro, a elevação de 92,6 bilhões no estoque da dívida é explicada por uma emissão líquida de 41,25 bilhões de reais e a apropriação positiva de juros de 51,31 bilhões de reais.

Segundo o órgão, novembro foi marcado pela elevada volatilidade doméstica e alta dos juros futuros, apesar de um cenário externo mais positivo, “refletindo preocupações do mercado com incertezas fiscais para 2023”.

O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses aumentou, passando de 10,04% ao ano em outubro para 10,16% no mês passado.

Em relação às novas emissões de títulos da dívida interna, o custo médio também subiu, indo de 11,8% para 11,9% ao ano.

No período, houve leve recuo no prazo médio de vencimento dos títulos brasileiros para 3,98 anos, ante 4,03 anos registrados em outubro.

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O custo médio do estoque da dívida pública federal acumulado em 12 meses aumentou, passando de 10,04% ao ano em outubro para 10,16% no mês passado (Imagem: Pixabay/joelfotos)

Em relação ao colchão de liquidez para pagamento da dívida pública, houve uma elevação de 11,00% em novembro, a 1,142 trilhão de reais.

O montante é suficiente para quitar 9,30 meses de vencimentos de títulos, valor considerado confortável pelo Tesouro em outubro, estava em 8,97 meses.

Para o mês de dezembro, o Tesouro vê cenário externo mais cauteloso e mercado local com maior aversão ao risco “diante da continuidade do sentimento de incerteza quanto ao cenário fiscal brasileiro para 2023, o que refletiu no aumento de nível da curva de juros futuros”.

As incertezas fiscais no período estão relacionadas às negociações para ampliar gastos públicos em 2023, que terminaram com a aprovação da PEC da Transição, além da indefinição sobre um novo arcabouço para substituir o teto de gastos.

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