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Dólar cai mais de 1% com payroll e fura os R$ 5,05 pela primeira vez desde agosto

04 nov 2022, 10:46 - atualizado em 04 nov 2022, 10:46
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Dólar passou a renovar mínimas, rumando os R$ 5, após dado mostrar que EUA criaram mais vagas de emprego do que o esperado (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Illustration/File Photo)

O dólar à vista opera em queda de mais de 1% frente ao real nesta sexta-feira (4), abaixo dos R$ 5,05 para venda, no menor valor intradiário desde o fim de agosto. O mercado reage positivamente aos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos (payroll), divulgados há pouco.

Perto das 10h40 (de Brasília), a moeda norte-americana recuava 1,38%, a R$ 5,04, após renovar mínimas a R$ 5,02. O contrato futuro com vencimento em dezembro recuava 1,51%, a R$ 5,06. Lá fora, o Dollar Index caía 1,15%, aos 111,6 pontos, com a divisa americana perdendo força ante os seus principais pares.

Além dos efeitos do payroll, o euro, dólar australiano e a libra esterlina operam em forte alta, corroborando para a fraqueza do dólar ante as principais moedas globais.

Dólar reage ao payroll

Os Estados Unidos criaram 261 mil vagas de emprego em outubro, segundo o relatório payroll divulgado pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou acima da expectativa do mercado de criação de 200 mil postos de trabalho.

O analista de inteligência de mercado da StoneX, Leonel Mattos, avalia que o payroll mostrou que a demanda por trabalhadores no país se mantém aquecida, acima do consenso. Ele destaca que o dado de setembro foi revisado para cima, reforçando a leitura de que o mercado de trabalho está aquecido.

“As altas da taxa de juros pelo Federal Reserve [Fed, o banco central norte-americano] ainda não estão refletindo na atividade produtiva”, comenta, acrescentando que a taxa de desemprego ficou um pouco acima do esperado e o salário no país caiu na base anual, abaixo da inflação. “São pequenos alívios com o payroll”, diz.

O CEO e fundador da Conti Capital, Carlos Vaz, comenta que, após o Fed elevar os juros em 0,75 ponto percentual (p.p.), na quarta-feira, os dados do payroll de outubro juntam-se aos outros indicadores econômicos para que o banco central dos Estados Unidos avalie se já é possível desacelerar o aperto monetário promovido até então.

“É um importante direcionador para a reunião do Fed em dezembro. Diante de uma economia resiliente, desafiando à inflação, acho que podemos esperar por um aumento menos agressivo, de 0,50 p.p., neste fim de ano, a depender de uma série de fatores”, observa

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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