Política

E agora, Bolsonaro? Com a derrota nas eleições, o que o futuro trará para o presidente?

14 nov 2022, 12:09 - atualizado em 14 nov 2022, 12:15
Jair Bolsonaro e flavio
(Imagem: Adriano Machado/Reuters)

Jair Bolsonaro pouco se manifestou depois dos resultados das eleições. Apesar disso, a possibilidade de contestações mais forte, com o envolvimento das Forças Armadas, como se aventada antes do resultado, foi praticamente descartada após as notas do Ministério da Defesa afirmando que as eleições foram limpas.

Mas o que resta a partir de agora para o capitão do exército que recebeu 58 milhões de votos? Segundo o cientista político e professor do Mackenzie, Rodrigo Prando, com a perda da presidência o poder de Bolsonaro se esvazia, com a possibilidade remota de aprovar pautas bombas, por exemplo.

“Os aliados vão se afastando, como o presidente da Câmara Arthur Lira e do Senado Rodrigo Pacheco, todos começam a mudar a se planejar para um novo governo. O centrão já faz movimentos em relação ao Lula, os pastores que eram opositores ao Lula no decorrer da semana já abençoavam e rezavam por Lula e pelo Brasil. Isso é lógica da política”, coloca.

Porém, Bolsonaro deverá conservar o seu protagonismo como líder da oposição, algo que o próprio Valdemar Costa, presidente do PL, já garantiu.

Costa Neto anunciou ter publicamente oferecido o cargo de presidente de honra da legenda para Bolsonaro, além de já tê-lo lançado como candidato do partido à Presidência daqui a quatro anos.

“O Bolsonaro teve votos não para ser eleito, mas para se cacifar como uma liderança no Brasil e manter coesa essa oposição. Porém, muitos outros nomes vão disputar esse espólio, inclusive frutos do próprio bolsonarismo”, coloca.

Momento do Retorno

Entre aliados, segundo fontes da Reuters, é tido como certo que Bolsonaro vai retornar à disputa política, buscando antagonizar com a gestão do Lula. A dúvida é sobre quando ele vai reaparecer para valer, se nas próximas semanas ou somente a partir de janeiro, com o petista empossado no Palácio do Planalto.

A intenção, segundo duas fontes, é que o futuro ex-presidente conte com uma estrutura de trabalho pelo partido e faça viagens para discutir e manter acesso às propostas dele.

Uma das ideias em discussão, conforme uma dessas fontes, é que ele finque base política em Brasília, dando entrevistas, recebendo apoiadores e contestando atos do governo Lula. A retomada do uso das redes sociais também está no radar.

Há até quem defenda que ele vá rotineiramente ao Congresso Nacional para marcar posição e defender propostas que representem seu partido e manter o contato com os 58 milhões de eleitores que votaram nele no segundo turno, disse essa fonte.

“Valdemar quer aproveitar esse embalo para estruturar o PL em um partido forte e com chances de ganhar em 2026”, disse essa fonte.

*Com Reuters

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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