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E-commerce: cenário macro é principal desafio em 2022 e XP recomenda manter os ativos

09 fev 2022, 13:18 - atualizado em 09 fev 2022, 13:18
Especialistas avaliam o cenário macroeconômico como o principal fator por trás da performance negativa do e-commerce (Imagem: Pixabay/athree23)

A XP Investimentos segue cautelosa em relação ao cenário do e-commerce em 2022.

Dentre as empresas brasileiras, a corretora manteve recomendação neutra dos ativos do setor, como Americanas (AMER3), Magazine Luiza (MGLU3), Via (VIIA3) e Enjoei (ENJU3).

O preço-alvo de cada empresa foi reavaliado para o final de 2022: a Americanas foi calculada em R$ 45,00, alta de 12% frente o valor atual; a Magalu, a R$ 18,00, crescimento de 50%; a Via, em R$ 10,00, alta de 42%; e a Enjoei foi precificada em R$ 7,00, aumento de 40%.

Desafios para o setor

Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt, analistas que assinam o relatório, avaliam o cenário macroeconômico como o principal fator por trás da performance negativa do setor.

Segundo eles, a alta das taxas de juros e inflação; o baixo crescimento do PIB; e a incerteza política presente este ano contribuem para tanto.

A competição com empresas internacionais do e-commerce também foi levantada na análise. As asiáticas Shoppe (S2EA34) e a Alibaba (BABA34) cresceram em número de downloads de aplicativos desde de 2020.

Apesar disso, os especialistas pontuam desafios para esses aplicativos escalarem suas operações e se tornarem uma ameaça mais relevante, como a falta de uma rede local de logística e uma reputação ainda não estabelecida.

O relatório também entende a posição de cada companhia brasileira no setor: “Vemos a Americanas focando em conveniência, Magalu na digitalização do varejo e a Via em consumidores de baixa renda através do seu crediário, ao mesmo tempo em que se torna uma facilitadora para outros marketplaces”.

Pontos de virada

Diante desse cenário, que os analistas avaliam já estar consolidado e precificado no valor das ações, eles também indicam pontos de virada para o e-commerce em 2022.

Dentre eles, a possível acomodação das taxas de juros no longo prazo, que pode provocar “um deslocamento para baixo das curvas de juros”, como consequência, será possível “ver uma forte recuperação das ações do e-commerce”.

Outro ponto é a Copa do Mundo 2022, já que o evento “desempenha um papel importante para os varejistas de e-commerce, pois geralmente é um forte impulso para a demanda por TVs”.

Por fim, o potencial de ambiente competitivo mais racional, já que as empresas estrangeiras exigiram que as brasileiras “aumentassem seus investimentos em marketing e frete em detrimento das margens”.

Assim, os analistas afirmam que as ações podem reagir positivamente e será possível ver sinais de racionalização no mercado por meio de taxas de comissão e/ou margens mais altas.

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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