Internacional

Economia alemã encolhe 0,4% no 4° tri; expectativa é de início fraco para 2023

24 fev 2023, 8:12 - atualizado em 24 fev 2023, 8:12
Alemanha Macro
Dados preliminares haviam apontado anteriormente uma contração trimestral de 0,2%, ajustada para efeitos de preço e calendário (Imagem: REUTERS/Lisi Niesner)

A economia alemã recuou mais fortemente do que o esperado nos últimos três meses de 2022, com a inflação e a crise energética afetando o consumo das famílias e o investimento.

O Produto Interno Bruto (PIB) alemão encolheu 0,4% no quarto trimestre do ano passado em comparação com os três meses anteriores, informou a agência de estatísticas do país nesta sexta-feira.

Dados preliminares haviam apontado anteriormente uma contração trimestral de 0,2%, ajustada para efeitos de preço e calendário.

No terceiro trimestre, o PIB alemão teve um ligeiro crescimento de 0,5% em relação aos três meses anteriores.

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A segunda queda consecutiva no componente de situação atual da pesquisa de confiança do instituto Ifo, a queda do PMI industrial, a fraca confiança do consumidor e a disposição de gastar perto de mínimas históricas apontam para uma contração da economia alemã mais uma vez no primeiro trimestre de 2023, disse o chefe global de macroeconomia do ING, Carsten Brzeski.

O resultado final pior do que o esperado para o PIB do quarto trimestre aumenta os temores de uma recessão alemã no inverno. Uma recessão é comumente definida como dois trimestres sucessivos de contração.

“Os números de hoje mostram que o forte aumento nos preços da energia desacelerou visivelmente a economia, apesar das extensas medidas de ajuda do governo”, disse o economista do Commerzbank Ralph Solveen.

Com o aperto global da política monetária, Solveen disse que dificilmente haverá uma recuperação econômica perceptível.

Após o fim de medidas de alívio, como o desconto no combustível e um vale-transporte de 9 euros, os consumidores da Alemanha gastaram menos no quarto trimestre do que no terceiro, disse o escritório de estatísticas.

Os gastos das famílias caíram 1,0%, enquanto os gastos do governo subiram 0,6% em relação ao trimestre anterior.

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