Mercados

Eles estão vendendo: 3 motivos que explicam a saída dos gringos da Bolsa

10 jun 2022, 12:51 - atualizado em 10 jun 2022, 12:51
B3
Estrangeiros representam a maior parcela de investidores da Bolsa, com aproximadamente 57% de participação (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

Após um início de ano promissor, a Bolsa brasileira está vivendo um movimento de fluxo de capital estrangeiro contrário, com maio marcando o segundo mês negativo para a entrada de gringos no mercado.

No mês passado, houve saída líquida de fluxo de capital estrangeiro de R$ 6,2 bilhões.

Vale lembrar que os estrangeiros representam a maior parcela de investidores da Bolsa, com aproximadamente 57% de participação, seguidos pelas instituições, com 24,7%, e pessoas físicas, com 14,5%.

Para a XP Investimentos, a junção de três fatores explica a saída dos estrangeiros nos últimos meses:

  1. a volatilidade forte dos mercados globais em maio;
  2. o aumento dos riscos de recessão no mundo e a preocupação com mercados mais cíclicos, como o Brasil; e
  3. a realização de lucros, já que a performance do mercado brasileiro continua entre as melhores do mundo no acumulado do ano.

Juros dos EUA

A preocupação dos investidores globais recai principalmente sobre a postura que os bancos centrais adotarão para controlar a escalada da inflação no mundo.

“Esse novo cenário de juros mais altos e retirada de estímulos da economia faz com que ativos de crescimento e nomes com valuations altos continuem a sofrer, além de deixar o investidor estrangeiro cada vez mais cauteloso em seus investimentos”, comenta a XP.

Na manhã desta sexta-feira (10), o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 1% em maio, acima das projeções de +0,7% do mercado.

Com isso, a alta no acumulado em 12 meses é de 8,6%, maior nível registrado desde dezembro de 1981.

Autoridades monetárias dos EUA se reunirão na próxima semana para decidir o destino dos juros norte-americanos, atualmente em 0,75-1%. Gestoras adotaram uma perspectiva mais dura em relação ao ciclo de aperto no país, com o Fed podendo acelerar o ritmo atual de ajuste.

Forte fluxo no ano

Apesar do saldo negativo do último mês, o fluxo de capital estrangeiro acumula em 2022 um montante positivo em R$ 57,2 bilhões (números recentemente revisados pela B3), o que ainda sugere um forte fluxo para a Bolsa no ano.

O Brasil continua sendo, inclusive, o mercado com o melhor desempenho de 2022, destaca a XP.

“A Bolsa brasileira segue apresentando níveis muito atrativos de negociação, tanto para métricas de renda variável quanto ao compararmos com a renda fixa“, diz a corretora.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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