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Embraer reconstrói credibilidade com mercado, mas verá recuperação completa só em 2023

22 mar 2021, 15:40 - atualizado em 22 mar 2021, 18:44
Embraer
A Ágora Investimentos manteve a recomendação de venda para a ação da empresa, com preço-alvo de R$ 6,60 (Imagem: REUTERS/Paulo Whitaker)

A Embraer (EMBR3) está se reestruturando e reconstruindo a credibilidade com o mercado, mas não deve ver uma recuperação das suas operações tão cedo. Em relatório divulgado nesta segunda-feira (22), a Ágora Investimentos destacou o bom trabalho que a nova gestão da companhia vem realizando. No entanto, as perspectivas para a empresa e o setor de aviação no curto prazo são pouco otimistas.

A Ágora manteve a recomendação de venda para a ação da empresa, com preço-alvo de R$ 6,60. Os analistas continuam cautelosos com o nome, pois a expectativa é de que as entregas de aeronaves comerciais permaneçam bem abaixo da média histórica (mais de 100) em 2021. Além disso, uma recuperação completa para os níveis de 2019 só deve acontecer em 2023.

“O setor aéreo ainda sofre com a Covid-19, e não esperamos mudanças materiais nas frotas de aeronaves”, afirmaram os analistas Victor Mizusaki e Flavia Meireles.

Em teleconferência realizada na sexta, a Embraer comentou que 2021 será desafiador, com as entregas de aeronaves comerciais próximas ao patamar visto no ano passado. A empresa também disse que as companhias aéreas em geral estão esperando o sucesso da campanha de vacinação para fazer pedidos firmes.

A Embraer ainda comunicou que está trabalhando ativamente em novas parcerias de desenvolvimento de produtos e espera fazer um anúncio em breve.

A companhia encerrou o quarto trimestre de 2020 com prejuízo líquido de US$ 3,3 milhões. O resultado, apesar de negativo, representa uma redução significativa em relação ao saldo vermelho reportado no mesmo período de 2019.

A receita atingiu US$ 1,8 bilhão, 12% abaixo do ano anterior. No acumulado de 2020, os números caíram 31%, afetados pelos efeitos do coronavírus e pelo acordo fracassado com a Boeing.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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