Mercados

Emissões de CRA mostram força do agro e desconcentram mercado das securitizadoras

16 jul 2020, 14:14 - atualizado em 16 jul 2020, 14:39
Dinheiro Dividendos
Captações do agronegócio mostram força e muda panorama do mercado (Imagem: Unsplash/ @micheile)

O mercado primário de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) manteve o mesmo número de operações no semestre passado (21), mas superou em montante emitido sobre os primeiros seis meses de 2019. E, nesse contexto, a concentração diminui entre as securitizadoras participantes.

E Eco Securizadora, do grupo Ecoagro, emitiu R$ 1,94 bilhão, de um total de R$ 5,81 bilhões – R$ 5,22 bilhões de janeiro a junho do ano passado -, tornando a líder do período na contabilidade feita pela Uqbar, empresa de inteligência e consultoria em finanças estruturadas. Outras quatro empresas dividiram boa parte do bolo.

Foram nove operações da Eco Securitizadora, na divisão das 21 feitas pelas outras empresas com forte presença no mercado.

De acordo com os dados da Uqbar, a Vert, primeira do ranking em 2019, com 52,6% da indústria de CRA, diluiu sua participação e outras três também entraram no rol acima dos R$ 1 bilhão, além da atual líder.

Ao destacar que a esperada adversidade do mercado, no auge da pandemia, viesse a impactar negativamente as captações do agronegócio por esse modelo de operação, na onda negativa sobre operações financeiras estruturadas e o de capitais como um todo, a Uqbar acrescenta que até agora não foi agressiva.

No caso da unidade da Ecoagro, o último CRA liquidado foi da ordem de R$ 500 milhões, para o Grupo Vamos, como Money Times antecipou em 24 de junho. Outros três também estão acima de R$ 200 milhões: JSL (R$ 400 milhões), JF Citrus (R$ 204) e Bem Brasil (R$ 200), além dos CRAs para os grupos Araunah, Jalles Machado, Referência, Libra e Nutrimaq.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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