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Empresa chinesa de mineração de bitcoin começa a migrar para o Cazaquistão

22 jun 2021, 8:41 - atualizado em 22 jun 2021, 8:47
Mineradores chineses estão em busca de locais onde a energia elétrica seja mais barata. Próxima parada: Cazaquistão ou Texas? (Imagem: Unsplash/executium)

BIT Mining, anteriormente conhecida como 500.com, uma empresa de loterias esportivas on-line na província de Shenzhen, que migrou para o setor de mineração de bitcoin (BTC) em 2020, já enviou parte de seus equipamentos ao Cazaquistão.

Nessa segunda-feira (21), a empresa de mineração listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), agora sob o ticker BTCM, anunciou ter enviado o primeiro lote de equipamentos de mineração ao país na Ásia Central.

O primeiro lote que já foi enviado tinha 320 máquinas de mineração de bitcoin com um poder computacional de 18,2 petahashes por segundo (PH/s) e está prevista para ser instalada até este domingo (27), disse a BIT Mining.

A empresa irá enviar mais dois lotes com um total de 2,6 mil máquinas até o dia 1º de julho.

A iniciativa surge após, na semana passada, o governo de Sichuan, o grande núcleo hidrelétrico chinês, ordenar o fechamento de 26 fazendas de mineração de bitcoin como uma medida inicial, incluindo uma subsidiária da BIT Mining.

É um exemplo da rápida resposta que muitos mineradores chineses estão tomando em resposta às recentes ordens de Xinjiang e Sichuan.

BIT Mining afirmou que, no último sábado (19), Ganzi Changhe Hydropower Consumption Service Co., sua subsidiária indireta, recebeu um aviso da Ganzi Electric Power Co., a Rede Estatal de Sichuan, informando que seu fornecimento elétrico seria suspenso “imediatamente a partir das 21h, no horário de Pequim, em 19 de junho”.

“Desde então, Ganzi Changhe Data Center suspendeu suas operações. Centros de dados em Sichuan, incluindo o Ganzi Changhe Data Center, contribuíam em aproximadamente 3% das receitas totais da Empresa durante o mês de maio de 2021”, acrescentou a BIT Mining.

Ganzi é uma das três prefeituras montanhosas no lado oeste da província Sichuan, próxima ao Tibet, que é conhecida por acomodar fazendas de mineração de bitcoin por conta de seus recursos abundantes de hidroeletricidade.

Na verdade, o centro Ganzi Changhe, da BIT Mining, estava entre as 26 fazendas de mineração que receberam a ordem de fechamento do governo de Sichuan ordenou na última quinta-feira (17).

A maioria dessas entidades na lista receberam licença do governo local para operar fazendas de mineração de forma legal nas Zonas Industriais de Demonstração de Consumo Hidrelétrico de Sichuan.

Outra empresa da lista que também foi afetada é chamada de Shutian Information Technology, propriedade total e direta da Comissão Estatal de Supervisão e Administração de Ativos da China (SASAC).

Isso significa que o capital estatal chinês financiava e apoiava o desenvolvimento da fazenda de mineração Shutian.

A própria BIT Mining também é indiretamente apoiada por um capital estatal. Em 2020, a empresa havia formalmente revelado seu desejo de mudar de área comercial desde o início de 2019.

Em maio, dias após o Conselho Estatal do governo central chinês realizar um comentário sobre reprimir atividades de negociação e mineração cripto, a BIT Mining já anunciou que está investindo em instalações de mineração no estado americano do Texas, e também no Cazaquistão, por meio de empreendimentos comuns com parcerias locais.

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