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Eternit apresenta novo plano de recuperação judicial a credores

14 jan 2019, 12:12 - atualizado em 14 jan 2019, 12:18

contrução

Por Investing.com – Na parte da tarde da última sexta-feira (11) a Eternit (ETER3) comunicou ao mercado que apresentou um novo plano de recuperação judicial, atendendo aos pedidos de ajustes de credores concursais no decorrer das negociações. Com isso, as ações da companhia recuam 0,65% a R$ 3,07.

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De acordo com a companhia, o plano estabelece os termos e condições propostas para a reestruturação das dívidas do grupo e se encontra, na íntegra, no site de relações com investidores da Eternit.

A Eternit também informou que deixou de utilizar o amianto como matéria-prima na produção de telhas de fibrocimento. “A produção de telhas em suas fábricas se dá exclusivamente com a adição de fibras sintéticas”, diz o fato relevante arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A Suno Research lembra que, de acordo com seu planejamento estratégico, a SAMA (mineradora controlada pela Eternit) interrompeu também a comercialização de fibras de amianto no mercado nacional e continuará suas operações direcionando sua produção exclusivamente para o mercado externo, atendendo clientes em outros países onde o produto é permitido, tais como Estados Unidos, Índia, Indonésia, Malásia e etc.

Outro destaque é que, em novembro de 2018 foi publicada a sentença proferida pela 1ª Vara do Trabalho de Colombo, Estado do Paraná, onde julgou parcialmente procedente a Ação Civil Pública ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho.

Segundo a companhia informou na ocasião, a sentença exclusivamente impôs a substituição do amianto como matéria prima desde 20/03/2018 e, no prazo de 90 dias a partir do trânsito em julgado, apresentação de plano de eliminação de todo o amianto presente na fábrica (estoque e resíduos).

Nesse sentido, além de estar enfrentando, na Justiça, questões bastante desconfortáveis em relação à muitas matérias primas de sua cadeia de produção, o fato de a companhia acionar o pedido de recuperação judicial parece, na visão dos analistas da Suno, pôr fim a uma novela que se iniciou a aproximadamente quatro anos.

Com isso, para aqueles que não são acionistas da Eternit, a sugestão é que permaneçam de fora do negócio, visto que, hoje, avaliam ser este um investimento com um risco bastante elevado e, por conta disso, entendem não haver motivo algum para indicar a participação na companhia, pelos motivos acima destacados.

No mais, eles vão seguir esperando de fora o desencadeamento dos fatos que, nesse momento, se mostram completamente fora de viabilidade no que diz respeito à um investimento de longo prazo.

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