Economia

Existem vários caminhos possíveis para se atingir a meta de inflação, diz Galípolo

13 nov 2024, 18:56 - atualizado em 13 nov 2024, 18:56
sabatina presidente banco central gabriel galípolo
Galípolo disse que a posição do BC é tomar a decisão reunião a reunião sem estabelecer qualquer tipo de guidance (Imagem: Diogo Zacarias/MF)

O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse nesta quarta-feira (13) que existem vários caminhos possíveis para que a meta de inflação de 3% do país seja alcançada, reforçando que a autoridade monetária segue dependendo de dados para tomar suas decisões sobre os juros básicos.

O futuro presidente do BC afirmou a opção por não dar uma indicação futura para os juros e a ausência de relação mecânica da política monetária com indicadores econômicos foram as duas principais mensagens do Comitê de Política Monetária (Copom) na reunião de novembro, realizada na semana passada.

“Hoje a posição do BC é ir consumindo os dados e tomar a decisão reunião a reunião sem estabelecer qualquer tipo de guidance, nem qualquer tipo de relação mecânica, e nem um caminho predeterminado para se atingir a meta. Existem vários caminhos possíveis para se atingir a meta”, disse Galípolo em evento promovido pelo Bradesco Asset, em São Paulo.

Na última quarta-feira (6), o Copom decidiu elevar a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, a 11,25% ao ano. O colegiado que não indicou os próximos passos da política monetária, mas apontou que o ciclo de alta nos juros pode ser prolongado se as expectativas para a inflação piorarem.

Efeitos secundários na inflação

Galípolo também afirmou que uma série de efeitos secundários na inflação de choques de oferta na economia podem se mostrar persistentes, demandando maior atenção de formuladores de política monetária.

Questionado sobre avaliação do BC sobre o choque na inflação gerado pela pressão dos preços de carnes e, em menor grau, de fornecimento de energia, o diretor destacou que é preciso estar ainda mais atento a esses efeitos secundários em economias com maior dinamismo, resiliência e moeda desvalorizada.

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reuters@moneytimes.com.br
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