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Falido Three Arrows Capital é investigado por reguladoras americanas

18 out 2022, 11:42 - atualizado em 18 out 2022, 11:42
Three Arrows Capital
Three Arrows Capital era um dos maiores fundos de hedge de criptomoedas do mundo. (Image: Freepik/jcomp)

Duas reguladoras americanas estão supostamente investigando Three Arrows Capital (3AC), fundo de hedge de criptomoedas que entrou com pedido de falência há alguns meses, segundo o Decrypt.

Um novo informe da Bloomberg aponta que a Comissão para Negociação de Futuros de Commodities (CFTC) e a Comissão de Valores Mobiliários e de Câmbio dos Estados Unidos (SEC, a CVM americana) estão investigando se 3AC violou regras ao enganar investidores sobre a força de seu balanço e ao não registrar nas reguladoras.

O informe da Bloomberg aponta que a investigação das reguladoras americanas poderá levar a multas monetárias e outras penalidades para empresas e indivíduos.

Entenda o caso

Three Arrows Capital era um dos maiores fundos de hedge de criptomoedas do mundo, mas que foi fortemente atingido pelo colapso da rede Terra e das criptomoedas UST e LUNA, em maio.

O fundo, que tinha alta exposição às criptomoedas da rede Terra, deu um calote em um empréstimo de US$ 673 milhões que tomou da Voyager Digital e declarou falência no início de julho.

No pedido de falência, Three Arrows Capital afirmou dever US$ 3,5 bilhões a credores após seu colapso.

A empresa de análise em blockchain Nansen estimou que 3AC tinha cerca de US$ 10 bilhões em ativos sob gestão em março deste ano.

O calote e o pedido de falência de Three Arrows Capital afetou outras empresas do mercado de criptomoedas, como Voyager Digital e Celsius Network – ambas entraram com pedido de recuperação judicial dias depois.

Além dos Estados Unidos

De acordo com Decrypt, não são somente reguladoras americanas que estão investigando as finanças de Three Arrows Capital – a Autoridade Monetária de Singapura (MAS, na sigla em inglês) também está entre as autoridades que estão investigando a empresa.

Um documento da MAS aponta que 3AC não conseguiu garantir que as informações fornecidas não eram falsas ou enganosas, nem conseguiu informar sobre mudanças na diretoria e nas participações na companhia.

Tribunal de Singapura autoriza investigação
das finanças do falido Three Arrows Capital

Onde estão os fundadores de 3AC?

A investigação sobre Three Arrows Capital ficou mais complicada pelo fato de a localização dos fundadores de 3AC – Zhu Su e Kyle Davies – ser desconhecida.

A ausência dos fundadores levou um tribunal de Singapura a emitir intimações contra Zhu e Davies – algo que a justiça americana poderá fazer em breve.

Teneo, empresa apontada como liquidadora de Three Arrows Capital, pediu a um tribunal dos Estados Unidos que emitisse uma intimação aos fundadores do fundo de hedge por meio das contas de e-mail e no Twitter deles, devido à falta de colaboração com pedidos por informações.

Novos documentos judiciais preenchidos na sexta-feira (14) no tribunal do distrito sul de Nova York mostram que representantes da Teneo querem obrigar os fundadores e outros envolvidos com Three Arrows Capital a produzir relatórios e dar testemunho, para obter um conhecimento mais amplo dos ativos do fundo de hedge.

Os representantes de Teneo argumentam que, até agora, Zhu, Davies e outros gerentes de investimentos forneceram somente “informações seletivas e fragmentadas” através dos advogados.

As intimações obrigariam Three Arrows Capital a produzir documentos “para identificar a existência, a localização e o método de acesso e de controle de ativos” do fundo, incluindo informações de contas, “seed phrases” e chaves, entre outros dados.

*Com informações de Bloomberg, Decrypt e The Block

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Graduada em Letras (Português/Inglês) pela Universidade de São Paulo (USP). Iniciou sua carreira como estagiária de revisão na Editora Ática, local em que atuou depois como revisora freelancer. Já trabalhou para o The Walt Disney World, nos Estados Unidos, em um programa de intercâmbio de estágio, experiência que reforçou sua paixão pela língua inglesa e pela tradução. Estagiou na Edusp, e integra, há um ano, a equipe do Money Times como repórter-tradutora de notícias ligadas a criptomoedas.
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