Economia

Fed ainda terá trabalho árduo para diminuir a inflação, afirma ex-presidente do Federal Reserve de Nova York

18 ago 2022, 10:31 - atualizado em 18 ago 2022, 10:31
Federal Reserve
Para William Dudley, o banco central deve promover uma alta de 0,50 ponto porcentual na próxima reunião de setembro. (Imagem: REUTERS/Jonathan Ernst)

Os juros altos nos Estados Unidos devem se manter por um bom tempo. De acordo com William Dudley, economista e ex-presidente do Federal Reserve de Nova York, vai exigir bastante trabalho do banco central americano para trazer a inflação para a meta de 2%.

“O Fed terá um trabalho árduo para conseguir manter essa política monetária rigorosa por mais tempo e diminuir a inflação”, disse Dudley durante o evento Macro Day 2022, do BTG Pactual.

Para ele, o banco central deve promover uma alta de 0,50 ponto porcentual na próxima reunião de setembro, ante as apostas iniciais de 0,75 pp.

“A possibilidade é de o Fed passar para 0,50 pp, mas depende dos dados e é isso que vai calibrar a política monetária. Dependendo das necessidades, vamos precisar nos preparar para um tempo maior de altas.”

O economista também afirmou que os Estados Unidos ainda não estão em recessão, mas que é algo inevitável. “É preciso reduzir a atividade econômica para controlar a inflação”, apontou.

Mercado de trabalho

Sobre o mercado de trabalho, que segue apertado e com a taxa de desemprego em taxa mínima, Dudley lembra que políticas monetárias mais rigorosas não vão tirar pessoas do trabalho.

“A política do Fed afeta a demanda, mas não quem já está empregado”.

O economista alertou que o banco central precisa tomar cuidado com a inflação salarial para não cair em um ciclo: quando os salários aumentam, as pessoas tendem a gastar mais e aumentar a inflação de consumo.

Commodities

Dudley afirma que fatores externos como a desaceleração no crescimento da China e a guerra na Ucrânia afetam os Estados Unidos, e nem sempre de forma negativa. “As commodities fortalecem a economia americana. Mas se os preços caírem é bom para a inflação”, diz.

Em relação à crise energética na Europa, que vê os estoques de gás diminuindo próximo ao inverno, o ex-presidente destaca que os EUA estão entre os maiores produtores de energia e grãos. Logo, os choques no velho continente podem favorecer a economia americana.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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