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Fuja deste bancão: Papel andará de lado e trará pouca alegria ao acionista, dizem analistas

28 abr 2022, 20:45 - atualizado em 28 abr 2022, 21:21
Bancão
O setor financeiro é apontado como promissor em 2022, mas um bancão tem desagradado; veja qual

O Santander (SANB11) desapontou parte dos analistas após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre. Apesar do lucro ter vindo dentro do esperado, algumas linhas do balanço mostraram piora na qualidade e sinais nada animadores para 2022.

Dessa forma, corretoras e bancos trataram de cortar o preço-alvo das ações. Esse foi o caso do Itaú BBA, que não só reduziu o preço como rebaixou a recomendação. Agora, os analistas esperam desempenho inferior para as ações (underperform).

Na avaliação do BBA, embora a história do Santander permaneça sólida a longo prazo, é bom evitá-lo por enquanto.

“O banco está entrando em um período de alta mais pronunciada nos NPLs (taxa de inadimplência) e, consequentemente, uma contração dos lucros mais cedo do que o esperado”, lembram.

Os analistas Pedro Leduc, Mateus Raffaelli e William Barrajard argumentam que os indicadores iniciais sugerem uma pressão crescente sobre a inadimplência no segundo trimestre.

“Dado o mix de produtos mais arriscado, o Santander provavelmente terminará o ano com um NPL consolidado de 3,6%, acima do nível pré-pandemia de 3%”, preveem.

O banco também iniciará suas renegociações em níveis mais altos e menores provisões relacionadas, acrescentam.

Para o trio, o fraco impulso dos lucros e as crescentes incertezas provavelmente manterão os múltiplos comprimidos.

Apesar desses ventos contrários, o BBA espera que o Santander ainda entregue um ROE  (retorno sobre o patrimônio) de 18,5% em 2022, graças ao seu negócio de custos mais baixos e taxas mais altas.

BBA não é o único

E não é só o BBA que está pessimista com as ações do bancão. Segundo consenso da Reuters, uma corretora recomenda a venda da ação, 10 mantém a neutralidade e três indicam compra.

De acordo com o Bradesco BBI, o banco passará o ano “sem crescimento”. A corretora reduziu as estimativas de lucros em 2,5% para 2022 e 4,8% para 2023, principalmente devido ao maior custo de risco.

Com isso, os analistas cortaram o preço-alvo de R$ 40 para R$ 37. A recomendação segue neutra.

“O principal motivo é o maior custo do risco devido à deterioração da qualidade dos ativos registrada nos resultado, especialmente olhando para indicadores antecedentes, como taxa de inadimplência (NPLs) antecipados e formação de inadimplência (NPL), que se deterioraram mais rapidamente no primeiro trimestre”, argumenta.

A Ativa Investimentos também cortou o preço-alvo da ação para R$ 35, antes em R$ 39,8.

“Ainda que a gestão do Santander tenha mostrado muita eficiência no controle de despesas operacionais e potencializado o ROE do banco nos últimos anos, acreditamos que o atual nível de cobertura do banco pode não ser capaz de suportar a piora nas condições macro em 2022”, diz.

Veja os preço-alvos:

Corretora Preço-alvo Potencial de alta
Itaú BBA R$ 31 0%
Ativa R$ 35 12,90%
Bradesco BBI R$ 37 19%
Média do mercado R$ 41,32 24%

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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