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Fundador da Ethereum (ETH) diz que atualização completa ainda está muito longe; entenda

23 jul 2022, 18:00 - atualizado em 22 jul 2022, 15:04
ethereum atualização merge
(Imagem: YouTube/Grand Amphi Théatre)

Recentemente, a atualização do Ethereum (ETH) chamada The Merge teve uma data definida. A atualização – que irá fundir a camada de consenso Beacon Chain com a rede de contratos inteligentes – tem previsão para setembro.

O The Merge, tem como objetivo modificar o algoritmo de consenso – forma de validar transações na rede – da Ethereum de prova de trabalho – ou mineração – para prova de aposta – ou stake.

Entretanto, é importante lembrar – como lembrou o próprio criador da Ethereum, Vitalik Buterin – que a atualização ainda está longe de acabar. A próxima fase dessa série de mudanças na rede em nome, é o “The Surge”.

Quais são as atualizações que o Ethereum (ETH) vai passar?

Nesta quinta-feira (21), enquanto falava na Conferência Anual da Comunidade Ethereum (EthCC) em Paris, Buterin afirmou que “após a fusão, poderemos construir um cliente Ethereum que nem sabe que a fase de prova de trabalho aconteceu”.

“Os defensores do Bitcoin (BTC) consideram o Bitcoin 80% completo, mas os apoiadores do Ethereum acreditam que o Ethereum está apenas 40% completo. Após o The Merge, que deve ser concluído em setembro, o Ethereum ainda estará cerca de 55% completo”, disse.

Além disso, ele também destacou, e explicou, sobre as outras fases após o The Merge. O “The Surge” (ou “o surto”, em tradução livre) de acordo com Vitalik será a próxima fase do planejamento da rede, que visa aumentar a escalabilidade para rollups por meio de “sharding”.

O modelo de “shardings” trata-se de uma tecnologia onde o blockchain é dividido em algumas partes, e cada parte é responsável por uma determinada função. O modelo busca aliviar o tráfego da rede e consequentemente aumentar a escalabilidade.

Um blockchain que atualmente já utiliza os shardings é a Near Protocol (NEAR).

Após o Merge e o Surge, a próxima fase de atualização na rede é o “The Verge” (ou “o limite/margem, em tradução livre) – que no hard fork – bifurcação do blockchain –  irá implementar a chamada “Árvore Verkle”.

Simplificando, o Verkle será muito parecido com a “Árvore Merkle” – estrutura utilizada pelo bitcoin e outras criptomoedas, as árvores Merkle servem para codificar dados blockchain de forma mais eficiente e segura.

O objetivo é que a rede Ethereum chegue a confiar totalmente no Verkle para armazenamento de dados e segurança da rede. Na opinião de Buterin, essa fase será “ótima para a descentralização”.

Para ele, essas atualizações técnicas permitirão que os usuários se tornem validadores de rede sem precisar armazenar grandes quantidades de dados em suas máquinas.

Em uma rede de proof-of-stake (prova de aposta), validadores com Ethers bloqueados ou “em stake” confirmam e verificam as transações.

A penúltima etapa será o “The Purge” (ou “o expurgo”, em tradução livre), que abrangerá tanto a declaração de expirações quanto a exclusão de antigas tecnologias tidas como irrelevantes após tantas atualizações.

“O The Purge: tentar realmente reduzir a quantidade de espaço que você precisa ter no disco rígido, tentar simplificar o protocolo Ethereum ao longo do tempo e não exigir que os nós armazenem o histórico”, disse Buterin.

Por fim, vem o “The Splurge” (ou “a farra”, em tradução livre), que Vitalik definiu apenas como “todas as outras coisas divertidas”.

O resultado final pode afetar o preço do Ethereum (ETH)?

Ao fim das atualizações, caso tudo ocorra perfeitamente conforme o previsto, a rede Ethereum (ETH) será mais rápida, escalável, com taxas mais baratas e um token nativo – o Ether – deflacionário.

Conforme analistas, essas características em um cenário ideal, podem pressionar a demanda pelo ether, uma vez que a atração de desenvolvedores construindo na Ethereum pode aumentar.

A partir deste aumento, é possível que o ecossistema de aplicações na rede aumente, o que faria com que usuários precisassem de mais ether para interagir com as plataformas.

A somatória desses pontos, com o fato do ether ser – em um futuro próximo – totalmente deflacionário, pode aumentar a demanda e apertar a oferta, fazendo com que o preço do criptoativo suba.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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