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Fundos imobiliários de papel recuam em meio à calote envolvendo CRIs; FII vende mais um imóvel para varejista

30 mar 2023, 11:36 - atualizado em 30 mar 2023, 11:37
Fundo Imobiliario CSHG Renda Urbana
Índice de fundos imobiliários tem viés de queda, de olho em fundos de papel e agenda macroeconômica doméstica (Imagem: Lojas Pernambucanas)

O fundo imobiliário CSHG Renda Urbana (HGRU11) segue com a sua estratégia de desfazer-se de imóveis que hoje estão alugados para a varejista Pernambucanas. Com isso, o fundo anunciou a venda de uma loja em Ivaiporã, no interior do Paraná, por pouco mais de R$ 4,6 milhões.

Em comunicado, o fundo explica que recebeu ontem (29) o montante à vista, que corresponde a R$ 3,5 mil por metro quadrado.

imóvel foi adquirido em novembro de 2020, com investimento total do fundo no valor de R$ 3,6 milhões, equivalente a R$ 2,7 mil o metro quadrado.

Portanto, a venda do imóvel gera um lucro de R$ 1 milhão, o que representa R$ 0,05 por cota. O preço de venda, segundo o HGRU11, foi 27% acima do valor investido.

Já a taxa interna de retorno anualizada da transação é de aproximadamente 17,7%, diz o fundo imobiliário. O CSHG Renda Urbana diz ainda que o comprador da loja fará jus ao aluguel mensal de R$ 23,8 mil, ou R$ 0,001 por cota.

No início deste mês, o FII já havia vendido uma loja em Piracicaba, no interior de São Paulo, por R$ 15,5 milhões. O imóvel também estava alugado para a Pernambucanas. Com as vendas anteriores, o HGRU11 já faturou mais de R$ 35 milhões ao reduzir exposição na varejista.

Índice de fundos imobiliários

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 opera em queda, mais uma vez, no pregão desta quinta-feira (30). Com isso, por volta das 11h35 (de Brasília), o Ifix tinha recuo de 0,15%, aos 2.740 pontos, seguindo no menor patamar desde março de 2022.

A agenda macroeconômica doméstica está no radar dos investidores já que, em instantes, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentará o novo arcabouço fiscal.

No horário acima, entre os fundos imobiliários, o destaque de alta ficava com o XP Properties (XPPR11), que subia 2,9%.

Por outro lado, os fundos Iridium Recebíveis (IRDM11), Devant Recebíveis (DEVA11) e Hectare CE (HCTR11) lideravam em quedas, entre 3,2% e 5%, ainda na esteira dos calotes envolvendo o pagamento de Certificados Recebíveis Imobiliários (CRIs), vencidos desde 20 de março.

Com isso, o DEVA11 fechou o pregão da véspera com tombo de 18%.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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