Petróleo

Governo arrecada R$421 mi em leilão de concessão de áreas de petróleo e gás

13 dez 2023, 16:54 - atualizado em 13 dez 2023, 16:54
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Petróleo e gás: Do total, a Petrobras arrematou 29 blocos em Pelotas, todos como operadora e tendo a Shell como parceira. (Imagem: REUTERS/Regis Duvignau)

Quinze petroleiras arremataram 192 blocos exploratórios de petróleo e gás no Brasil dos 602 ofertados nesta quarta-feira em leilão da reguladora ANP sob regime de concessão, com destaque para Pelotas, a bacia que representou o maior volume de arrecadação ao governo.

O certame também ficou marcado pela presença da Elysian, uma empresa criada em agosto para participar do leilão e que arrematou 122 blocos nas Bacias de Potiguar, Espírito Santo, Sergipe e Alagoas.

Como resultado, o leilão arrecadou um total de 421,7 milhões de reais ao governo, sendo mais de 70%, ou 298,74 milhões de reais, referentes à Bacia de Pelotas.

Consórcios liderados pela Petrobras e a Chevron sozinha arremataram 44 dos 165 blocos ofertados na Bacia de Pelotas, uma nova fronteira exploratória, que não tem atualmente produção de óleo e gás.

Do total, a Petrobras arrematou 29 blocos em Pelotas, todos como operadora e tendo a Shell como parceira. Em três deles, a chinesa CNOOC também integrou o consórcio. Os demais 15 blocos em Pelotas foram arrematados pela Chevron 100% sozinha.

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“Conseguimos uma estratégia muito bem sucedida… Entramos numa área de fronteira com pouca probabilidade de ter problema ambiental e tudo, mas muito prolífica”, disse o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates.

“Nos 29 blocos que nós bidamos, conseguimos ganhar e com parceiros muito proficientes e que conhecem águas profundas.”

Com a participação no leilão, a Petrobras elevou sua área exploratória, de 30 mil quilômetros quadrados atualmente para 50 mil. “Estamos repondo perspectivas de novas reservas”, frisou.

Também no leilão, o presidente da Shell no Brasil, Cristiano Pinto da Costa, ressaltou que os blocos arrematados sob a liderança da Petrobras são um sinal do interesse da companhia em crescer no país, onde já tinha 39 contratos de exploração e produção de petróleo.

“O Brasil é e continua sendo um país super importante para a companhia, não só na área de exploração e produção”, disse Costa, citando a parceria que tem ainda com a Cosan, na operação da joint venture Raízen.

Empresa novata

O presidente da Elysian, Ernani Machado, afirmou à jornalistas que pagará em bônus de assinatura um total de cerca de 12 milhões de reais nos mais de 100 blocos que arrematou sozinha.

“Nós objetivamos fazer novas tecnologias para extrair petróleo, minha especialidade é desenvolvimento de tecnologias e nós estamos criando várias tecnologias diferentes para poder fazer uma extração que seja menos agressiva ao meio ambiente, porque não agressiva não é possível para ser sincero”, disse Machado, pontuando que contratou especialistas no setor para auxiliar a companhia.

Na Bacia de Santos, houve quatro blocos arrematados, de 27 ofertados, com bônus de assinatura somados de 107 milhões de reais. A Karoon arrematou dois blocos enquanto CNOOC e Equinor arremataram os outros dois também sozinhas.

Outras bacias também tiveram áreas arrematadas.

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reuters@moneytimes.com.br

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