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Grande varejista quita dívida com fundo imobiliário e decisão judicial derruba FIIs de papel

28 mar 2023, 18:05 - atualizado em 28 mar 2023, 18:09
Tok&Stok fundos imobiliários
Índice de fundos imobiliários fecha em queda por tombo do segmento de papéis após decisão judicial envolvendo securitizadora (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

O fundo imobiliário Vinci Logística (VILG11) comunicou ao mercado que a varejista de móveis e decoração Tok&Stok pagou o valor integral do aluguel de janeiro, que estava vencido desde 6 de fevereiro, e foi alvo de uma ação de despejo.

Em comunicado, o VILG11 explica que o pagamento foi realizado em 24 de março. Com isso, a varejista depositou em juízo R$ 2.092.178,01 referente ao aluguel em atraso do empreendimento “Extrema Business Park I”, no sul de Minas  Gerais. O imóvel é locado exclusivamente para a varejista.

Além disso, a Tok&Stok, por meio de sua controladora Estok Comércio e Representações, pagou encargos moratórios previstos em contrato e custos judiciais antecipados pelo fundo imobiliário.

Logo após o vencimento do aluguel, no início do mês passado, o Vinci Logística ajuizou uma ação de despejo contra a Tok&Stok pela falta de pagamento. Entretanto, após a conferência de quitação da pendência, o VILG11 disse que solicitará o encerramento formal da ação.

Índice de fundos imobiliários

O índice de fundos imobiliários (Ifix) da B3 encerrou o pregão desta terça-feira (28) mais uma vez em queda. Com isso, o Ifix encerrou com recuo de 0,13% (após ajustes), aos 2.764 pontos.



Entre os fundos imobiliários, o destaque de alta ficou com o XP Properties (XPPR11), com ganhos de 3,88%. O FII engatou o terceiro pregão de alta, acumulando valorização de 12% desde o anúncio de venda de quatro ativos em São Paulo, somando R$ 200,7 milhões.

Os imóveis, que ficam em São Paulo, foram adquiridos pelo fundo imobiliário Corporate Office Properties (COPP11), que pertence ao BTG Pactual. O VILG11 também exibiu uma das maiores altas do dia, de 1,23%.

Em contrapartida, os fundos Versalhes Recebíveis (VSLH11) e Tordesilhas EI (TORD11) lideraram as quedas, de 5,94% e de 5,45%, respectivamente.

O mercado reagiu negativamente à decisão da justiça de que o grupo gaúcho Gramado Park (GPK) ficará suspenso, por 60 dias, de pagar recebíveis à Forte Securitizadora (Fortesec).

A Fortesec é responsável pela emissão de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) da GPK, que atua no setor imobiliário e no turismo, e pertence ao fundo imobiliário Serra Verde (SRVD11) – leia comunicado do FII sobre o caso.

Com isso, os fundos VSLH11 e TORD11 estão expostos ao SRDV11. Além deles, o Hectare Office (HCTR11), Iridium Recebíveis (IRDM11) e Devant Recebíveis (DEVA11) são expostos ao Serra Verde e, consequentemente, à decisão da justiça do Rio Grande do Sul.

Portanto, esses três fundos  imobiliários completaram o time dos cinco que mais recuaram no pregão desta terça-feira.

Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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