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Greve aduaneira deve afetar exportações agrícolas da Argentina na terça-feira

07 jun 2021, 17:57 - atualizado em 07 jun 2021, 17:57
Porto de Rosario
O país sul-americano, de cerca de 45 milhões de habitantes, já superou as 80 mil mortes por Covid-19, (Imagem: REUTERS/Agustin Marcarian)

Os embarques de grãos e derivados da Argentina deverão ser afetados por uma greve de sete horas a ser realizada na terça-feira por trabalhadores aduaneiros, que reivindicam prioridade na vacinação contra a Covid-19, disse a Câmara de Atividades Portuárias e Marítimas (CAPyM, na sigla em espanhol) nesta segunda-feira.

O Sindicato Único dos Trabalhadores Aduaneiros da Argentina (Supara) anunciou a medida, somando-se à demanda de outros sindicatos, que pedem a vacinação em meio à segunda onda de coronavírus que assola o país, maior exportador global de óleo e farelo de soja.

“Os fiscais de aduana precisam estar presentes para as operações de importação e exportação”, explicou à Reuters o gerente da CAPyM, Guillermo Wade. “Parece que isso vai afetar todas as exportações em todos os portos da Argentina”, acrescentou.

O Supara disse na sexta-feira que havia apresentado sua demanda ao governo, mas que realizaria o protesto porque não houve avanços significativos no diálogo. “Se não houver soluções concretas para o problema levantado, medidas e ações continuarão sendo intensificadas”, acrescentou.

A Reuters tentou contato com o Supara, mas não havia ninguém disponível de imediato para comentários.

O Sindicato de Trabalhadores e Empregados da Indústria de Oleaginosas (SOEA), uma poderosa entidade que reúne trabalhadores do polo agroindustrial localizado a norte da cidade de Rosario, também alertou na semana passada que, caso seus membros não recebam prioridade no plano de vacinação, haverá uma greve.

“Solicitamos de forma URGENTE o acesso à vacinação, caso contrário afirmamos que, se até 9 de junho de 2021 nossos companheiros não começarem a ser vacinados, a única alternativa que nos restará para sermos ouvidos será uma medida direta de ação sindical”, disse o SOEA.

O país sul-americano, de cerca de 45 milhões de habitantes, já superou as 80 mil mortes por Covid-19, tendo registrado um total de 3,96 milhões de casos.

A chegada de vacinas se intensificou nas últimas semanas, e o governo argentino distribuiu até o momento um total de 17,9 milhões de doses.

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