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Ibovespa a 160 mil pontos? 3 pontos que podem fazer o índice saltar mais 23% em 2024, segundo o Santander

18 dez 2023, 15:33 - atualizado em 18 dez 2023, 15:33
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Santander espera que o Ibovespa atinja os 160 mil pontos até o final de 2024 (Imagem: Money Times/Diana Cheng)

Tem mais gente otimista com o Ibovespa (IBOV) em 2024. Dessa vez, são os analistas do Santander, que esperam que o índice atinja os 160 mil pontos até o final do ano que vem.

No acumulado de 2023, até a 1ª quinzena de dezembro, o Ibovespa soma alta de aproximadamente 19%. Foi um ano de altos de baixos para o índice, mas desde que o mercado engatou um ciclo altista, em junho, o índice subiu 15%, ressaltam os analistas.

O Santander ainda vê espaço para uma recuperação mais forte do IBOV, com potencial de subir cerca de 23% em 2024, apoiado no ciclo de flexibilização das taxas de juros. O banco espera que a Selic feche 2024 em 9,5%.

Além disso, os analistas estão animados com a crescente probabilidade de uma aterrissagem suave da economia dos Estados Unidos. O Federal Resreve, inclusive, já sinalizou que o ciclo de altas pode ter atingido o pico e que cortes ocorrerão no próximo ano.

Outro destaque para 2024 é o crescimento do lucro por ação. “Depois de cair cerca de 20% em 2023E, esperamos ver os lucros recuperarem 15% em 2024, com a maior parte da recuperação liderada por nomes nacionais”, afirmam.

Os analistas ainda ressaltam que, apesar da recente recuperação, as avaliações seguem atrativas para o Ibovespa. O índice está sendo negociado a um preço/lucro futuro de oito vezes — “ainda um desvio padrão abaixo da média de 15 anos e nem sequer precificando o nível atual de rendimentos reais de 10 anos”.

Os riscos para o Ibovespa em 2024

Apesar do otimismo em relação ao Ibovespa, os analistas do Santander listam alguns pontos de alerta.

No cenário internacional, as preocupações são com a economia dos EUA. De acordo com os analistas, pressões inflacionárias mais fortes e duradouras poderão levar a Fed a um aperto monetário ainda mais rigoroso.

Vale lembrar que, na última reunião, o  Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) ressaltou que pode voltar a elevar os juros, se for necessário.

“Se a economia não evoluir conforme previsto, a trajetória da política irá se ajustar conforme apropriado para promover o máximo emprego e estabilidade de preços”, disse o presidente do Fed, Jerome Powell. “Ninguém está declarando vitória. Ainda temos um caminho a percorrer”.

Os analistas avaliam que uma possível tensão financeira pode agravar ainda mais o abrandamento econômico global.

Já no Brasil, os riscos estão atrelados ao lado fiscal. Entre eles, estão:

  • risco de derrapagem fiscal se os ganhos recentes de receitas se revelarem temporários;
  • postura mais expansionista do lado da despesa; e
  • maior perda de credibilidade no processo de consolidação e ancoragem fiscal, causando a deterioração das condições financeiras.

Além disso, os analistas citam uma severa desaceleração global, que pode prejudicar os preços das matérias-primas, e um crescimento do lucro por ação decepcionante.

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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduanda em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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