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Ibovespa ensaia melhora, mas exterior ainda frágil atenua alta

22 set 2020, 11:47 - atualizado em 22 set 2020, 11:47
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Às 11:09, o Ibovespa subia 0,08 %, a 97.068,72 pontos (Imagem: Reuters/Amanda Perobelli)

O Ibovespa ensaiava melhora nesta terça-feira, favorecido pela estabilização dos mercados no exterior, onde a pauta destaca fala do chair do Federal Reserve no Congresso norte-americano, enquanto a ata do Copom também ocupava as atenções na cena brasileira.

Às 11:09, o Ibovespa subia 0,08 %, a 97.068,72 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 97.684,16 pontos. A tentativa recuperação vem após o Ibovespa fechar na véspera na mínima desde julho.

O volume financeiro do pregão somava 4,5 bilhões de reais.

De acordo com o estrategista Dan Kawa, da TAG Investimentos, depois de uma noite de bastante volatilidade, os ativos de risco estão abrindo a manhã em tom um pouco menos negativo, mas ainda com claros sinais de fragilidade.

“No Brasil, seguimos a mercê da situação global, com as nossas peculiaridades apenas deteriorando mais o nosso cenário. O ambiente, por ora, é de incerteza e poucos (ou nenhum) avanços na importante agenda de reformas para o país”, destacou.

No cenário externo, Wall Street abriu em alta apoiada na recuperação de ações de tecnologia, embora incertezas associadas a novos estímulos fiscais continuem pesando nos negócios. O S&P 500 avançava 0,26%.

Ainda nos Estados Unidos, Jerome Powell fará a primeira de três aparições no Capitólio esta semana para falar sobre as medidas de emergência que o Fed adotou para conter o impacto à economia da pandemia de coronavírus.

Na Assembleia-Geral das Nações Unidas, o presidente dos EUA, Donald Trump, segundo trecho do discurso, dirá que a ONU “precisa responsabilizar a China por suas ações” relacionadas à pandemia do coronavírus.

Também o presidente Jair Bolsonaro teve discurso virtual na assembleia nesta terça-feira.

Da agenda brasileira, o Banco Central indicou na ata do Copom que as condições para sua sinalização de que a taxa Selic não deve subir seguem de pé e reforçou considerar adequado manter a chamada prescrição futura como instrumento de política monetária adicional.

Em meio a receios no mercado com a cena fiscal local, o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, afirmou à Reuters que o país não conta com espaço para errar na gestão das contas públicas no pós-pandemia, ressaltando que a elevação recente dos prêmios de risco na curva de juros é um alerta nesse sentido.

Destaques

CSN (CSNA3avançava 3,08%, encontrando suporte na trégua no exterior para recuperar as perdas na véspera, quando o mau humor nos mercados globais minguou a avaliação positiva do anúncio sobre IPO de sua unidade de mineração.

No setor de mineração e siderurgia do Ibovespa, porém, VALE ON cedia 0,45%, pesando no Ibovespa, enquanto Gerdau (GGBR4) caía 0,15% e Usiminas (USIM5) recuava 0,83%.

Petrobras (PETR3;PETR4) subiam 0,72% e 0,52%, respectivamente, ajudadas pela alta dos preços do petróleo. Além disso, presidente do STF, Luiz Fux, decidiu retirar de análise em julgamento virtual um caso sobre a possibilidade de privatização de refinarias pela Petrobras.

Na véspera, a companhia também disse que promoverá uma nova rodada de ofertas vinculantes por sua refinaria no Paraná, que recebeu duas propostas com valores próximos.

Itaú (ITUB4) valorizava-se 1%, com ações de bancos do Ibovespa como um todo no azul, respondendo por relevante suporte para o índice.Bradesco (BBDC4) avançava 0,96%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3), subia 1,33%, BTG Pactual (BPAC11) ganhava 1,82% e Santander Brasil (SANB11) avançava 1,25%.

Cielo (CIEL3) mostrava acréscimo de 1,45%, também em destaque na ponta positiva, recuperando-se de perdas relevantes na véspera. No segmento, STONECO e PagSeguro, negociadas em Nova York, tinham alta de 1,67% e variação positiva de 0,59%, respectivamente.

B2W (BTOW3) perdia 3,9%, em sessão mais fraca para ações de varejistas, com Magazine Luiza (MGLU3) recuando 0,82% e Via Varejo (VVAR4) caía 0,11%.

Suzano (SUZB3) ON tinha queda de 2,08%, tendo de pano de fundo expectativa para a oferta das ações da fabricante de papel e celulose em poder da BNDESPar, que deve ser precificada em 1 de outubro. No setor, Klabin (KLBN11) recuava 0,89%.

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