Mercados

Com 7ª alta seguida, Ibovespa supera 130 mil pontos com otimismo global

04 jun 2021, 17:17 - atualizado em 04 jun 2021, 18:03
Ibovespa B3
O giro financeiro do pregão, espremido entre feriado e o final de semana, somou 33,1 bilhões de reais  (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A expectativa de prolongamento da elevada liquidez global manteve os investidores na ponta compradora de ações na bolsa paulista, cujo principal índice cravou a sétima alta seguida nesta sexta-feira, para nova máxima histórica.

Após movimento errático nas primeiras horas da sessão, o Ibovespa (IBOV) firmou-se no azul, apoiado em blue chips, para fechar em alta de 0,4%, chegando ao inédito fechamento em 130.125,78 pontos.

O giro financeiro do pregão, espremido entre feriado e o final de semana, somou 33,1 bilhões de reais.

O mote do dia foi o esperado dado de criação de empregos nos Estados Unidos em maio. O número veio abaixo das previsões, o que foi interpretado como motivo para o Federal Reserve (banco central do país) seguir com sua política monetária expansionista.

Em Wall Street, os três principais índices – Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq – fecharam com altas robustas. O apetite por risco inflou moedas de países emergentes, como o real, em nova máxima desde dezembro.

Com a combinação de alta das ações e apreciação do câmbio, o Ibovespa em dólar já sobe 35,5% desde a mínima no ano registrada no começo de março.

Segundo profissionais do mercado, esse movimento reflete melhores expectativas de retomada econômica diante do avanço da vacinação contra Covid-19, o que foi expresso nos dados do PIB brasileiro do primeiro trimestre, divulgados nesta semana, e que vieram bem acima das expectativas.

“O destaque foi a alta dos bancos, principal porta de entrada dos investidores estrangeiros na bolsa brasileira por conta da ampla liquidez”, afirmou Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora.

Destaques

Itaú Unibanco (ITUB4) subiu 2,09%, sendo a terceira ação mais negociada do dia. SANTANDER BRASIL ganhou 3,02%, seguida por Banco do Brasil (BBAS3), evoluindo 1,56%.

Petrobras (PETR4) cresceu 1,57%, na cola do impulso nos preços internacionais do barril do petróleo.

Vale (VALE3) caiu 1,66%, destoando do conjunto do mercado. A mineradora foi notificada sobre interdição de atividades perto da barragem Xingu, levando à paralisação na circulação de trens em um ramal da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), no complexo de Mariana (MG).

CSN (CSNA3) perdeu 2,08%, reforçando o destaque negativo do setor de metais. O governo mineiro obteve liminar obrigando a CSN a adotar medidas para evitar o rompimento de barragem da Mina de Fernandinho, em Rio Acima.

Iguatemi (IGTA3) avançou 5,02%, com o setor de shopping centers voltando a brilhar, sublinhando a visão mais positiva de investidores com ações ligadas à retomada da economia.

Multiplan (MULT3) teve apreciação de 4,8%, enquanto BRMALLS (BRML3) cresceu 4,35%.

BRF(BRFS3) cedeu 2,5%.

A Marfrig (MRFG3), que caiu 1,3%, informou na véspera que elevou sua fatia na BRF para cerca de 31,66% do capital.

Desde meados de maio até quarta, o papel da BRF acumulou alta superior a 40%.

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