Mercados

Ibovespa começa novembro com alta de 2% e Inter dispara mais de 19%

01 nov 2021, 17:11 - atualizado em 01 nov 2021, 18:01
O volume financeiro no pregão somou 28 bilhões de reais (Imagem: Divulgação/Banco Inter)

O Ibovespa (IBOV) fechou em alta o primeiro pregão de novembro, reflexo de ajustes de posições, após acumular queda nos últimos quatro meses, com Banco Inter (BIDI11) capitaneando as altas nesta segunda-feira após detalhamento do IPO do rival Nubank nos Estados Unidos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa avançou 1,98%, a 105.550,86 pontos, chegando a superar os 106 mil pontos na máxima do dia. O volume financeiro no pregão somou 28 bilhões de reais.

Na terça-feira, a bolsa paulista estará fechada em razão de feriado de Finados.

A alta desta segunda-feira veio após o Ibovespa cair 6,7% em outubro, acumulando perda de mais de 18% ao longo de quatro meses seguidos de queda.

Para Tomás Awad, sócio-fundador da 3R Investimentos, o movimento nesta segunda-feira foi uma recuperação técnica após um outubro “bem difícil”, sem fundamentos que justificassem os ganhos nesta sessão.

Apesar do avanço, pouco mudou na percepção do mercado de elevação dos riscos internos, principalmente quanto a potenciais medidas com efeito fiscal, além do cenário de menor crescimento, inflação ainda pressionada e taxas de juros mais elevadas.

Nesse contexto, no radar desta semana estão divulgações como a da ata da última reunião do Copom, quando a Selic foi elevada a 7,75% ao ano, bem como movimentações em Brasília relacionadas à votação da PEC dos Precatórios.

Uma bateria de resultados corporativos também deve repercutir nos próximos dias, incluindo os números de Itaú Unibanco e Bradesco, com peso relevante no Ibovespa, além de companhias como GPA e Ultrapar.

A pauta externa também tende a ocupar as atenções neste começo de mês, notadamente a decisão de política monetária do banco central norte-americano e os próximos passos sobre seus estímulos à economia dos Estados Unidos.

Para Awad, o cenário externo tende a começar a ajudar menos o Brasil, em meio ao ajuste no modelo econômico na China, que deve se refletir em menor crescimento, além da esperada confirmação da redução de estímulos nos EUA.

Destaques

Banco Inter (BIDI11) saltou 19,2%, após queda de quase 24% em outubro, tendo de pano de fundo detalhes do IPO do Nubank nos Estados Unidos, em operação no qual o rival busca valor de mercado de mais de 50 bilhões de dólares.

Petrobras (PETR4) avançou 2,75%, diante da baixa adesão de caminhoneiros a uma greve convocada para começar nesta segunda-feira em protesto contra o preço dos combustíveis e para cobrar outras demandas da categoria perante o governo.

Itaú Unibanco (ITUB4) e Bradesco (BBDC4) subiram 4% e 3,5%, respectivamente, acompanhando a recuperação da bolsa como um todo, com os respectivos balanços previstos para os dias 3 e 4 de novembro.

Azul (AZUL4) valorizou-se 9%, em sessão de recuperação de ações de companhias atreladas ao setor de viagens, com CVC Brasil (CVCB3) fechando em alta de 5,3% e Gol (GOOL4) mostrando acréscimo de 8,4%.

Marfrig (MRFG3) perdeu 4%, com algumas ações de empresas de proteínas passando por correção após forte valorização no último pregão.

JBS (JBSS3) cedeu 4,8%.

Minerva (BEEF3), que divulga balanço no dia 4, subiu 0,5%.

Vale (VALE3) avançou 1%, mesmo com a queda dos futuros do minério de ferro na China, sem sinal único no setor de mineração e siderurgia.

Gerdau (GGBR4) e Usiminas (USIM5) caíram 1,1% cada.

CSN (CSNA3), que divulga balanço de terceiro trimestre após o fechamento do mercado na quarta-feira, subiu 1,6%.

BK BRASIL (BKBR3) disparou 8,4%. A companhia anunciou cancelamento de acordo com a empresa de private equity Vinci Partners para comprar a Domino’s Pizza Brasil, citando condições adversas de mercado.

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