BusinessTimes

Ibovespa (IBOV) termina sessão volátil em queda, mas se mantém acima dos 100 mil pontos

08 jul 2022, 17:04 - atualizado em 08 jul 2022, 18:46
Ibovespa, Mercados, Açóes, B3
Apesar da queda desta sexta-feira (8), o Ibovespa manteve os 100 mil pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Após operar sem rumo definido ao longo do dia, o Ibovespa (IBOV), cravou uma queda nesta sexta-feira (8) – mas não perdeu o patamar dos 100 mil pontos.

O índice de referência da B3 (B3SA3) fechou com desvalorização de 0,44%, a 100.288,94 pontos. Por outro lado, terminou a semana acumulando alta de 1,35%.

O volume financeiro na Bolsa somou R$ 17,3 bilhões hoje, abaixo da média diária do mês, de R$ 21 bilhões.

Além do payroll nos Estados Unidos, o mercado digeriu os últimos dados de inflação divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostraram que a pressão no aumento dos preços ao consumidor permanece insistente.

No âmbito político, a votação da PEC dos Auxílios no plenário da Câmara dos Deputados foi adiada para terça (12).

Entre os destaques positivos do Ibovespa, Azul (AZUL4) disparou 6,23%, enquanto Cielo (CIEL3) engatou ganhos na ordem de 5,13%.

Já nas baixas do dia, Hapvida (HAPV3) liderou a lista após fechar em queda de mais de 4%.

Notícias que movimentaram o Ibovespa hoje

IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acelerou em junho, subindo 0,67% no mês contra um avanço de 0,47% em maio, de acordo com o IBGE.

Ainda assim, o índice ficou abaixo das projeções de crescimento de 0,7%.

No acumulado em 12 meses, o IPCA avança 11,89%, ficando bem acima do teto da meta de inflação oficial para 2022, de 3,5%.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram variação positiva em junho, com destaque para Vestuário, cuja inflação subiu 1,67%. Ainda assim, o maior impacto veio do grupo de Alimentação e bebidas, que avançou 0,8%.

Payroll

Dados divulgados pelo Departamento do Trabalho dos EUA mostraram que o país criou 372 mil vagas de emprego em junho.

O número superou as expectativas do mercado, que projetava a criação de 268 mil postos de trabalho no período.

Com isso, a taxa de desemprego nos EUA ficou estável pelo quarto mês consecutivo, em 3,6% em junho.

O Departamento do Trabalho também revisou para baixo os dados do payroll de maio para 384 mil vagas (contra 390 mil da leitura original).

PEC dos Auxílios

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), adiou a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia em R$ 200 o Auxílio Brasil e o vale-gás e cria um auxílio de R$ 1 mil para caminhoneiros autônomos.

A votação foi adiada para terça devido ao risco de rejeição por falta de quórum em sessão ontem.

A medida precisa obter, no mínimo, 308 votos nos dois turnos de votação na Câmara. Ontem, o painel marcava a presença de 427 deputados na Casa.

Com impacto estimado de R$ 41,25 bilhões aos cofres públicos, a PEC dos Auxílios, ou PEC “Kamikaze”, também contempla um benefício a taxistas e um aumento de R$ 500 milhões na verba do programa Alimenta Brasil, de compra de alimentos de pequenos produtores e povos indígenas pelos órgãos públicos.

A proposta prevê ainda uma ajuda de custeio para o transporte coletivo urbano, com aportes previstos de até R$ 2,5 bilhões, e auxílio a estados e municípios que outorgarem créditos tributários do ICMS a produtores ou distribuidores de etanol hidratado em seu território.

Destaques da Bolsa hoje

VALE ON (VALE3) caiu 2,31%, com os futuros do minério de ferro em Cingapura recuando, uma vez que o otimismo renovado sobre o estímulo econômico na China se dissiparam rapidamente e o foco do mercado voltou às medidas de restrição contra a Covid-19 no maior produtor de aço do mundo. Em Dalian, os preços fecharam em alta, embora distante da máxima da sessão.

CSN ON (CSNA3) recuou 3,03%, corrigindo parte dos ganhos expressivos da véspera, quando encerrou o pregão com elevação de 5,3%. Outras ações de siderurgia também passaram por ajustes – USIMINAS PNA (USIM5) cedeu 2,93% e GERDAU PN (GGBR4) fechou em baixa de 0,51%.

AZUL PN (AZUL4) encerrou com acréscimo de 6,23%, buscando se recuperar de perdas mais fortes no meio da semana. A equipe da Genial citou em comentário a clientes que mantém uma visão positiva para a empresa, estimando que os yields devem seguir subindo no segundo trimestre, principalmente devido ao seu maior poder de aumento de tarifa devido à baixa competição em suas rotas. No setor, GOL PN (GOLL4) avançou 2,17%.

PETROBRAS PN (PETR4) valorizou-se 1,12%, em mais uma sessão positiva para o setor, com a trajetória positiva do petróleo no exterior. O barril do Brent subiu 2,26%.

3R PETROLEUM ON (RRRP3) subiu 3,13%, tendo ainda no radar assinatura com a PetroReconcavo de memorando para compartilhar instalações e recursos relacionados aos seus ativos de produção de petróleo e gás natural, nas bacias Potiguar e do Recôncavo. PETRORECONCAVO ON (RECV3) avançou 3,91%.

CVC BRASIL ON (CVCB3) caiu 4,28%, em meio a ajustes após forte valorização na quinta-feira, quando fechou em alta de mais de 10%, acumulando no mês até então um ganho de mais de 7%. No mês passado, os papéis caíram 36%.

ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) fechou com variação positiva de 0,04%, após acordo para a aquisição do controle da Avenue, corretora que fornece aos brasileiros acesso aos mercados estrangeiro. No setor, BRADESCO PN (BBDC4) terminou com acréscimo de 0,06%.

Com Reuters

Siga o Money Times no Linkedin!

Fique bem informado, poste e interaja com o Money times no Linkedin. Além de ficar por dentro das principais notícias, você tem conteúdo exclusivo sobre carreira, participa de enquetes, entende sobre o mercado e como estar à frente no seu trabalho. Mas não é só isso: você abre novas conexões e encontra pessoas que são uma boa adição ao seu network. Não importa sua profissão, siga o Money Times no Linkedin!

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.