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Ibovespa hoje olha para China e NY em busca de animação

17 jan 2023, 8:10 - atualizado em 17 jan 2023, 8:10
Ibovespa volta a ter referências externas para pregão desta terça-feira (17), mas ativos de risco exibem ligeiro viés negativo (Arte: Money Times)

O Ibovespa volta a ter suas principais referências para o pregão desta terça-feira (17). Por ora, os ativos de risco exibem um ligeiro viés negativo. Com isso, a sessão de hoje pode ser novamente de queda, caso o Ibovespa siga o sinal vindo do exterior.    

De um lado, as bolsas de Nova York voltam do fim de semana prolongado com o foco nos resultados corporativos nos Estados Unidos. Morgan Stanley e Goldman Sachs divulgam seus balanços antes da abertura em Wall Street.

Por outro lado, os dados de atividade na China em dezembro mostraram uma resiliência econômica em meio à onda de infecções no país por covid-19. Mas o gigante emergente encolheu de tamanho ao final do ano passado. 

Contudo, o fim da política de Covid Zero remove os principais fatores de pressão negativa no curto prazo. Com isso, o ‘pibinho’ da China em 2022, de +3,0%, deve ficar para trás. Em 2023 vem ‘pibão’ por aí, com expansão ao redor de 5% – ou mais. 

Porém, as bolsas de Xangai e de Hong Kong fecharam hoje no vermelho, reagindo à desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) chinês no quarto trimestre. Entre as commodities, o minério de ferro também recuou no mercado futuro em Dalian.   

Ibovespa olha para dentro

Portanto, se olhar para fora o Ibovespa deve ter pouco entusiasmo hoje. Mas o mesmo se pode dizer se olhar apenas para dentro. Os ruídos em torno do aumento acima do previsto do salário mínimo geraram novo desconforto no mercado doméstico.

Afinal, o mercado doméstico ainda tenta decifrar qual será a nova âncora fiscal do governo. E o que encontram são cortes de gastos para financiar aumento de despesas. Nesse quebra-cabeça, a conta de que benefícios sociais equivalem a  investimentos simplesmente não fecha.  

Ao contrário, esses sinais inconsistentes de responsabilidade fiscal e social azedam o humor dos investidores. Aos olhos dos mercados, nada disso ajuda no bom andamento da economia. Mais que isso, a perspectiva é de que a confiança do empresário diminui, assim como a do consumidor – mesmo com a classe mais baixa da população ganhando mais.

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 8h00:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,18%; o do S&P 500 recuava 0,25%; enquanto o Nasdaq cedia 0,35%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) caía 1,05% no pré-mercado; nos ADRs, o da Vale recuava 2,28%, enquanto o da Petrobras tinha baixa de 1,85%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 perdia 0,27%; a bolsa de Frankfurt tinha queda de 0,16%; a de Paris cedia 0,25% e a de Londres recuava 0,21%;

Câmbio: o índice DXY subia 0,19%, a 102.40 pontos; o euro oscilava com +0,05%, a US$ 1,0825; a libra subia 0,19%, a US$ 1,2219; o dólar tinha alta de 0,23% ante o iene, a 128,87 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,553%, de 3,505% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,228%, de 4,220% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha queda de 0,63%, a US$ 1.909,50 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI tinha leve alta de 0,04%, a US$ 80,12 o barril; o do petróleo Brent ganhava 0,75%, a US$ 85,10 o barril; o contrato futuro mais líquido do minério de ferro (maio/23) negociado em Dalian (China) fechou em queda de 1,42%, a 834 yuans a tonelada métrica, após ajustes.

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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