Bula do Mercado

Ibovespa (IBOV) hoje fica refém da Vale (VALE3) e do exterior, mas é outra ação que rouba a cena

25 maio 2023, 7:57 - atualizado em 25 maio 2023, 7:59
Ibovespa apresenta correção técnica nesta semana, dinâmica normal de chamar venda após alta rápida e acentuada nos últimos dias (Arte: Giovanna Melo/Money Times)

O Ibovespa (IBOV) apresenta uma dinâmica normal nesta semana, chamando venda após a alta rápida e acentuada nos últimos dias. Ontem, a bolsa brasileira cravou a terceira queda seguida, em meio à frustração com o exterior, apesar do alívio com o novo arcabouço fiscal

Porém, enquanto o setor ligado às commodities metálicas, em especial as ações da Vale (VALE3), deixa o Ibovespa pesado, com os investidores se perguntando o que aconteceu com o milagre chinês; as bolsas de Nova York se apoiam na tese da inteligência artificial (IA) para se desviar do impasse sobre o teto da dívida nos Estados Unidos

Tanto que o desempenho do futuro do índice Nasdaq se destoa do comportamento do Dow Jones nesta manhã. A bolsa eletrônica deve abrir em forte alta nesta quinta-feira (25), ao redor de 2%, após a Nvidia (NVDA) divulgar forte resultado e guidance ontem à noite. As ações da fabricante de chips saltavam quase 30% no pré-mercado.    

Ibovespa não tem FATAMG

A expectativa é de que o valor de mercado da empresa alcance a simbólica marca de US$ 1 trilhão em breve, níveis vistos antes apenas pelas gigantes que formam a sigla FATAMG (Facebook, Apple, Tesla, Amazon, Microsoft e Google). Aliás, a Nvidia possui BDR listado na B3. Confira aqui se ainda dá tempo de embarcar

No mundo real, os primeiros sinais de avanços concretos nas negociações entre republicanos e democratas alimentam esperanças de que haverá um acordo antes do prazo final de 1º de junho. No entanto, surge uma nova preocupação. Afinal, quem vai querer comprar títulos da dívida dos EUA, quando se tem empresas de mesmo valor?

Já o Ibovespa não tem muita escapatória. Por isso, vem acumulando dias de correção técnica. O movimento do mercado de ações vai na contramão do dólar e dos juros futuros, que permanecem bem comportados. A ver, então, se o IPCA-15 hoje (9h) mantém a melhora na percepção entre os ativos de risco locais, diante das expectativas de cortes na taxa Selic em breve. 

Confira o desempenho dos mercados globais por volta das 7h45:

EUA: o futuro do Dow Jones caía 0,15%; o do S&P 500 avançava 0,68% e o do Nasdaq disparava 1,89%;

NY: o Ibovespa em dólar (EWZ) tinha leve alta de 0,07% no pré-mercado; entre os ADRs, os da Petrobras caíam 0,92%, enquanto os da Vale subiam 0,91%;

Europa: o índice pan-europeu Stoxx 600 ganhava 0,18%; a bolsa de Frankfurt tinha leve baixa de 0,02%, a de Paris cedia 0,11% e a de Londres recuava 0,12%

Ásia: a Bolsa de Tóquio fechou em alta de 0,39%; na China, Hong Kong cedeu 1,93% e a Bolsa de Xangai recuou 0,11%;

Câmbio: o índice DXY tinha alta de 0,16%, 104.05 pontos; o euro caía 0,25%, a US$ 1,0724; a libra tinha leve baixa de 0,04%, a US$ 1,2360; o dólar oscilava com +0,05% ante o iene, a 139,54 ienes;

Treasuries: o rendimento da T-note de dez anos estava em 3,758%, de 3,750% na sessão anterior; o rendimento da T-bill de 2 anos estava em 4,423%, 4,381% na mesma comparação;

Commodities: o futuro do ouro tinha leve baixa de 0,08%, a US$ 1.963,10 a onça na Comex; o futuro do petróleo WTI caía 1,99%, a US$ 72,86 o barril; o do petróleo Brent recuava 1,81%, a US$ 76,94 o barril; o contrato futuro do minério de ferro (setembro) fechou em baixa de 2,01% em Dalian, a 682,50 yuans (após ajustes).

Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
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