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Ibovespa (IBOV): Veja 5 coisas para saber antes de investir nesta quinta (30)

30 nov 2023, 9:55 - atualizado em 30 nov 2023, 9:55
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Antes de investir: Ontem, o Ibovespa quebrou a sequência de alta que começava a se formar nos últimos dois pregões. (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) futuro opera no positivo nesta manhã, avançando 0,40%. Ontem, a bolsa brasileira não conseguiu se sustentar em campo positivo e quebrou a sequência de alta que começava a se formar nos últimos dois pregões. O Ibov terminou o dia com uma desvalorização de 0,29%, a 126.165,64 pontos.

dólar abriu esta quinta-feira (30) em alta, avançando 0,25%, cotado a R$ 4,9150, às 09h. A moeda engatou alta e subia 0,54%, a R$ 4,9290 às 09h03.

Day Trade

Radar do mercado

Antes de investir: Veja cinco assuntos que vão mexer com o Ibovespa e os mercados nesta quinta-feira (30)

Mercado espera inflação dos Estados Unidos

hoje, será divulgado o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE, na sigla em inglês). Trata-se do indicador inflacionário preferido do Federal Reserve.

As projeções apontam para uma ligeira alta de 0,1% em outubro. Com isso, a base anual ficaria em 3%. Vale lembrar que o PCE de setembro atingiu 3,4% no acumulado em 12 meses.

Caso o resultado venha dentro ou abaixo do projetado, aí as apostas de pausa definitiva na alta de juros se intensificam. Por outro lado, caso os números surpreendam negativamente, aí Jerome Powell terá mais oportunidades de dizer que a inflação segue acima da meta de 2%.

No entanto, o mercado está confiante de que o ciclo de aperto monetário chegou ao fim. Tanto que um dos diretores mais hawkish do Fed, Christopher Waller, já fala em cortes futuros.

China mostra sinais de economia fragilizada

A China vem apresentando mais dados econômicos fracos. O PMI industrial do país caiu para 49,4 pontos em novembro. O resultado veio pior do que a previsão dos analistas, de queda para 49,7 pontos. Já o PMI do setor de serviços ficou estável em 50,2 pontos.

Rafael Passos, analista da Ajax Asset, aponta que o recuo na indústria reflete uma demanda mais fraca por bens chineses tanto internamente, como externamente. Já a estagnação de serviços indica que o impulso provocado pela reabertura completa no fim do ano passado praticamente se encerrou.

“Os números mostram uma economia em patamar de fragilidade, o que explica a postura mais proativa do Governo na condução da política econômica, buscando estabilizar o crescimento”, afirma.

Fazenda avança nos planos de para atingir a meta fiscal 

Ontem à noite, o Senado aprovou o projeto de taxação dos fundos exclusivos e offshores. Como o texto não passou por alterações, vai direto para a sanção presidencial.

“A equipe econômica vê a medida como importante para garantir o equilíbrio fiscal no próximo ano, com uma estimativa de aumento na arrecadação de R$ 20 bilhões por ano, e para corrigir vantagens tributárias que esses fundos teriam”, afirma o relatório matinal da Terra Investimentos.

Mas o governo também está de olho no que acontece do outro lado da Praça dos Três Poderes. Isso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) retomou, na madrugada desta quinta-feira (30), o julgamento sobre o novo regime de precatórios.

O judiciário tinha começado a votação na segunda-feira (27), mas o ministro André Mendonça fez um pedido de vista para analisar melhor o caso.

O plano do governo é quitar o estoque de R$ 95 bilhões em precatórios ainda neste ano. No entanto, ele precisa da autorização do STF, já que essa jogada seria via crédito extraordinário, o que não entra na contabilização da despesa na meta fiscal. Com isso, a equipe econômica abre espaço no orçamento de 2024.

O Supremo já formou maioria em favor do Ministério da Fazenda. Se isso se concretizar, seja mais uma vitória de Fernando Haddad e deixa o ministro mais perto do tão sonhado déficit zero.

Juros sobre Capital Próprio (JCP) está na mira do governo

Ministério da Fazenda está estudando aumentar o Imposto de Renda aos acionistas de 15% para 20%, enquanto limita os Juros Sobre Capital Próprio (JCP) a 50% do lucro auferido. O governo está tentando incluir a proposta que modifica o mecanismo de JCP na Medida Provisória de subvenção do ICMS.

Além disso, o governo também quer impedir o que chama de “planejamento tributário abusivo”. Ou seja, a Fazenda quer impedir a contabilização de alguns mecanismos utilizados visando reduzir a alíquota efetiva de imposto, como variações positivas no patrimônio líquido que não signifiquem o ingresso de ativos na companhia, como ágio interno de aquisições e variações de linhas intangíveis.

Mateus Haag, da Guide Investimentos, aponta que o impacto pode ser marginalmente negativo, dependendo do setor.

“Essas alterações elevariam a carga tributária de alguns setores em específico como o próprio setor bancário. Hoje, sendo um dos principais setores utilizadores desse mecanismo para redução da alíquota efetiva de imposto e representados pela figura da Febraban, o presidente desta, Isaac Sidney, afirma que medidas como essa podem encarecer o custo do crédito, caso não haja outro mecanismo de compensação”, destaca.

Agenda de dividendos pegando fogo

A Cury (CURY3) e a Direcional (DIRR3) anunciaram pagamento de dividendos. Cury irá pagar R$ 100 milhões, o que é equivalente a R$ 0,35 por ação, implicando em um dividend yield de 2,1%.

Já a Direcional irá pagar R$ 81 milhões, equivalente a R$ 0,47por ação, implicando em um dividend yield de 2,4%.

Além disso, o conselho de administração da Totvs (TOTS3) aprovou o pagamento de aproximadamente R$ 126,8 milhões em JCP, enquanto o BTG Pactual (BPAC11) irá distribuir R$ 0,076965050 por ação ordinária ou preferencial e R$ 0,230895151 por unit em JCP.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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