Comprar ou vender?

Ibovespa: O que esperar da bolsa brasileira com a guerra entre Rússia e Ucrânia

25 fev 2022, 16:06 - atualizado em 25 fev 2022, 16:06
Imagem de números e gráficos os quais representam ações na Bolsa de Valores
Mercado brasileiro que deve sofrer menos do que os outros por conta da grande exposição a commodities. (Imagem: Pixabay)

Com a guerra entre Rússia e Ucrânia, o Ibovespa deve andar de lado nas próximas semanas, com grande volume de negociação durante o dia, segundo analistas consultados pelo Money Times.

O principal índice da bolsa brasileira subia 0,10% nesta sexta-feira (25), após fechar o dia anterior em queda de 0,37% – em um pregão que chegou a registrar queda de 2%.

A avaliação do mercado – que segue a de especialistas em relações internacionais – é de que o conflito geopolítico deve terminar em breve, por conta da baixo poder bélico da Ucrânia. Logo, dizem, a pressão sobre a inflação global não seria grande.

A XP Investimentos comentou em relatório que vê o Brasil como um mercado que deve sofrer menos do que os outros por conta da grande exposição a commodities.

O time de análises da corretora espera que o país seja beneficiado por um fluxo positivo de investidores diminuindo exposição à Rússia.

“Tanto a Rússia quanto Brasil são mercados emergentes e, inclusive, têm pesos semelhantes — ao redor de 4% — no índice de mercados emergentes, o que pode favorecer um movimento de troca de alocação, por parte de investidores estrangeiros, do mercado russo para o brasileiro”, disse.

A corretora destaca que os dois mercados têm grande exposição a commodities. “E o Brasil continua um mercado líquido e robusto”, diz trecho do relatório assinado por Jennie Li, Fernando Ferreira, Sol Azcune e Rebecca Nossig.

Ibovespa em linha com NY

O chefe da área de investimentos do banco Daycoval, Mauro Rached, cita uma possível piora da inflação global por conta da alteração na cadeia logística e do encarecimento de insumos, além de um impacto sobre as expectativas dos agentes financeiros.

“Por outro lado, a incerteza sobre fornecimento de commodities gera uma corrida por esses produtos [que têm grande peso sobre o Ibovespa]”, destaca. “Os ativos do Brasil vão sofrer menos que os Europeus e ficarão mais em linha com Nova York”.

Rached comenta que espera que o conflito termine em poucos dias. “Há sanções que impactam a Rússia, mas não levam a uma grande alta de preços”, afirma. O analista prevê volatilidade alta nos próximos dias até o final da primeira quinzena de março.

Analistas gráficos da Ágora, Genial e XP Investimentos, disseram na quinta (24) que o Ibovespa está muito perto de romper o piso dos 109 mil pontos. Se isso ocorrer, o índice pode mergulhar para uma perda ainda mais acentuada, parando apenas na região dos 106 mil pontos.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
Linkedin
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.