Mercados

Ibovespa recua com realização de lucros e fecha abaixo de 107 mil pontos

18 nov 2020, 18:07 - atualizado em 18 nov 2020, 18:59
Ibovespa Ações Mercados B3SA3
No exterior, novas informações favoráveis sobre vacina apoiaram o apetite a risco mais cedo (Imagem: B3/Divulgação)

O Ibovespa (IBOV) fechou em queda nesta quarta-feira, após renovar máximas desde março na véspera, em meio a movimentos de realização de lucros, endossados pela correção negativa nos pregões norte-americanos.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa recuou 1,05%, a 106.119,09 pontos. O volume financeiro somou 37,5 bilhões de reais, em sessão também marcada pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa.

Na véspera, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, subiu a 107.248,63 pontos, maior patamar de fechamento desde o início de março, algumas semanas antes das decretações de quarentena no país.

De acordo com análise gráfica de Fernando Góes, da Clear Corretora, o Ibovespa teve o movimento de alta e rompeu os 105/106 mil pontos. “Como o movimento foi bastante forte, é normal que aconteçam algumas realizações”, afirmou.

Ele acrescentou que, segundo indicadores técnicos, o índice está em uma forte tendência de alta, e que, apesar de eventuais ajustes no horizonte, é importante não perder o suporte de 102/103 mil pontos ou até mesmo os 100 mil pontos.

No exterior, novas informações favoráveis sobre vacina apoiaram o apetite a risco mais cedo, mas o fôlego foi perdendo força. Wall Street, que renovou recordes para o S&P 500 (SPX) e o Dow Jones (DJI) nesta semana, terminou no vermelho.

A Pfizer comunicou nesta quarta-feira que os resultados finais do teste de estágio avançado de sua vacina para Covid-19 mostram que ela é 95% eficaz, acrescentando ter os dados de segurança exigidos referentes a dois meses.

A farmacêutica reiterou que espera produzir até 50 milhões de doses de vacinas este ano, o suficiente para proteger 25 milhões de pessoas, e até 1,3 bilhão de doses em 2021.

De acordo com analistas, o mercado continua contrabalançando o noticiário mais positivo sobre uma vacina contra o Covid-19, que alimenta otimismo quanto à recuperação das economias, com o avanço de casos, principalmente nos EUA e Europa.

A quarta-feira teve também comunicado da Fitch Ratings reafirmando a nota de crédito soberano “BB-” para o Brasil, com perspectiva negativa, e chamando atenção para os riscos fiscais do país.

Ainda no Brasil, a B3 (B3SA3) anunciou que a partir de 2022 haverá pregão de negociação e liquidação regular na bolsa de valores em feriados municipais da cidade de São Paulo. Em 2021, nada muda, segundo calendário divulgado.

Destaques

Ambev (ABEV3) caiu 4,01%, entre as maiores perdas, refletindo realização de lucros. Ainda assim, no mês, ainda acumula elevação de quase 22%.

Bradesco (BBDC4) caiu 3,07%, também sofrendo com após recuperação em novembro.

Itaú Unibanco (ITUB4) perdeu 2,44%. No mês, ainda contabilizam elevação ao redor de 22% cada.

Vale (VALE3) recuou 0,78%, após renovar máximas históricas na véspera.

Uma audiência entre representantes do governo e da mineradora sobre reparações pelo desastre de Brumadinho (MG) em 2019 na terça-feira não chegou a consenso. Uma nova reunião foi marcada para 9 de dezembro.

Multplan (MULT3) cedeu 4,2%, com o setor de shopping centers, que também acumula ganhos em novembro, passando por uma correção como um todo.

Iguatemi (IGTA3) recuou 4,31% e Brmalls (BRML3) fechou em baixa de 2,15%.

Petrobras (PETR4) caiu 0,59%, apesar da alta dos preços do petróleo no exterior, onde o Brent subiu 1,4%, apoiado por expectativas de que a Opep e aliados adiem um plano para aumento de produção da commodity, além das esperanças associadas a uma vacina contra o coronavírus.

BRF (BRFS3) avançou 3,09%, em sessão de alta do setor de alimentos e proteínas na bolsa paulista, com JBS (JBSS3) valorizando-se 2,03%, Mafrig (MRFG3) subindo 2,42% e Minerva (BEEF3) terminando em alta de 3,57%.

Cogna (COGN3) avançou 5,34% e Yduqs (YDUQ3) subiu 5,32%, entre as maiores altas.

Gol (GOLL4)  valorizou-se 3,10%, tendo no radar que a autoridade de aviação civil dos EUA autorizou a retomada dos voos do Boeing 737 Max, usados pela companhia, embora a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda não tenha autorizado a volta das operações com o modelo no Brasil.

No setor, Azul (AZUL4) subiu 4,41%.

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