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Ibovespa recua sem trégua em temor sobre recessão global e risco fiscal no Brasil

23 jun 2022, 11:53 - atualizado em 23 jun 2022, 11:53
Ibovespa
Às 11:43, o Ibovespa caía 0,12 %, a 99.405,41 pontos (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa mostrava fraqueza nesta quinta-feira, sem fôlego para sustentar os 100 mil pontos, à medida que receios com o risco de uma recessão global e preocupações fiscais no Brasil permanecem minando o sentimento de investidores.

Às 11:43, o Ibovespa caía 0,12 %, a 99.405,41 pontos. Mais cedo, na máxima, chegou a subir a 100.231,96 pontos. O volume financeiro no pregão somava 6,3 bilhões de reais.

Na visão da equipe de economia do Bradesco, preocupações com a atividade econômica global continuam pesando sobre os mercados. “A cautela predomina em meio aos riscos de recessão à frente nos Estados Unidos e no mundo”, afirmou em relatório.

Os principais índices em Wall Street, porém, tinham uma sessão positiva, com o S&P 500 avançando 0,8%, mesmo após dados mostrarem que a atividade empresarial nos EUA teve forte desaceleração em junho.

No Brasil, temores de piora fiscal com eventuais medidas para compensar a alta dos preços de combustíveis também mantêm agentes financeiros cautelosos e adicionam volatilidade ao mercado.

“Há o impasse do impacto fiscal que pode vir da crise com os reajustes da Petrobras e o governo tentando contornar a ameaça de greve dos caminhoneiros”, disse o diretor de investimentos da Reach Capital, Ricardo Campos.

No Brasil, em um contexto também de preços altos e elevação de juros, as atenções ainda estão voltadas para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que fala sobre a condução da política monetária no país.

Destaques

Vale (VALE3) devolveu os ganhos e perdia 1,3%, mesmo após os contratos futuros de minério de ferro encerrarem as negociações desta quinta-feira na bolsa de Dalian com recuperação, após uma promessa do presidente chinês Xi Jinping de tomar medidas mais eficazes para alcançar as metas de desenvolvimento econômico e social do país.

Petrobras (PETR4) rondava a estabilidade, em sessão de fraqueza nos preços do petróleo no exterior. O papel seguia volátil, uma vez que agentes financeiros continuam atentos às discussões de medidas para compensar a alta dos preços dos combustíveis. No setor, PetroRio (PRIO3) cedia 0,8%, enquanto 3R Petroleum (RRRP3) valorizava-se 0,6%.

BRF (BRFS3) tinha elevação de 6,3%, em mais uma sessão majoritariamente positiva para empresas de proteínas. JBS (JBSS3) subia 2,1%, Marfrig (MRFG3) ganhava 4,1% e Minerva (BEEF3) avançava 1,4%.

Itaú (ITUB4) recuava 2,1%, pesando negativamente no Ibovespa, na terceira queda seguida após forte alta na segunda-feira.  Bradesco (BBDC4) tinha baixa de 1,9%, com o índice do setor financeiro caindo 1,1%.

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