Mercados

Ibovespa renova máxima histórica aos 114 mil pontos e acumula 30% de alta no ano

18 dez 2019, 19:46 - atualizado em 18 dez 2019, 19:47
O Ibovespa subiu 1,48%, a 114.277,18 pontos (Imagem: shutterstock)

O Ibovespa renovou sua máxima de fechamento nesta quarta-feira, com papéis de Petrobras e do setor bancário, atingindo alta acumulada de 30% em 2019.

O Ibovespa subiu 1,48%, a 114.277,18 pontos, de acordo com dados preliminares. O volume financeiro da sessão somava bilhões 24,6 bilhões de reais, em dia de vencimento de opções sobre o índice e o índice futuro.

 

O mercado acompanhou o início do que pode ser o rali da reforma tributária, com o anúncio da instalação de uma comissão mista com deputados e senadores para produzir um texto de consenso sobre o projeto em até 90 dias.

Após encontro com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, o ministro da Economia, Paulo Guedes, fez projeções otimistas, prevendo que o PIB brasileiro crescerá “muito mais” do que 2% em 2020.

O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, afirmou que continuando o ciclo de reformas, o país deverá ter um crescimento mais forte nos próximos anos.

Agentes do mercado também acompanham a votação da Câmara dos Deputados dos EUA para aprovar o impeachment do presidente Donald Trump (Imagem: Unsplas/@someguy)

Fábio Galdino, chefe de renda variável da Vero Investimentos, disse que é provável que as agências de classificação de risco elevem a nota no Brasil no ano que vem diante desse cenário, após a S&P elevar a perspectiva para o rating de longo prazo do Brasil na semana passada.

“No contexto de hoje, já percebemos uma melhora no humor do investidor estrangeiro, que vem reduzindo o volume de vendas no mercado. Acho que ainda não veremos uma inversão deste fluxo, mas com certeza vai diminuir”, afirmou.

Agentes do mercado também acompanham a votação da Câmara dos Deputados dos EUA para aprovar o impeachment do presidente Donald Trump em resultado das acusações de abuso de poder e obstrução de um inquérito do Congresso.

Apesar da provável aprovação na Câmara, o processo não deve passar no Senado, segundo analistas.

Destaques

Petrobras ON (PETR3) e Petrobras PN (PETR4) subiram 2,6% e 2,3%, respectivamente. O BNDES deve definir até semana que vem o banco que ajudará na venda de ações da petrolífera detidas pela instituição por meio da BNDESPar, disse o presidente do banco de fomento, Gustavo Montezano.

Marfrig (MRFG3)despencou 4,2%, após a empresa precificar em 10 reais sua oferta pública de ações primária e secundária. Na véspera, os papéis da companhia fecharam a 10,70 reais. No setor, JBS (JBSS3) ganhou 3,56% e BRF (BRFS3) subiu 2,1%.

Eletrobras (ELET3) recuou 2,95%, após notícia de que o projeto de lei da privatização da empresa está travado no Congresso devido à resistência do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em colocá-lo em votação caso não existam sinais de que a matéria pode ter apoio mínimo no Senado, de acordo com reportagem do jornal Valor econômico.

Itaú Unibanco (ITUB4) avançou 1,28% e Bradesco (BBDC4) subiu 2,8%.

Hypera (HYPE3) ganhou 3,8%, liderando as altas da sessão. A farmacêutica anunciou a compra das populares marcas de medicamentos Buscopan da europeia Boehringer Ingelheim, em uma transação que inclui outros ativos e que foi acertada por 1,3 bilhão de reais.

Via Varejo (VVAR3) avançou 2,5%, seguindo a forte tendência de alta das últimas semanas. No setor varejista, Magazine Luiza (MGLU3) ganhou 1,4%, enquanto B2W (BTOW3) desvalorizou-se 0,6%.

– Fora do índice, Randon (RAPT4) avançou 3%, após sua controlada Fras-Le (FRAS3) anunciar na véspera a aquisição da Nakata por 457 milhões de reais. Fras-Le saltou 15,1%.

Natura (NTCO3) caiu 0,27%, na primeira sessão após a mudança do nome corporativo da empresa, na esteira da reestruturação societária que se sucedeu à aquisição da Avon.

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