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Inter (INTR) faz layoff ‘silencioso’ e demite 150 funcionários

10 maio 2023, 12:37 - atualizado em 10 maio 2023, 15:10
Banco Inter
Banco Inter faz demissões silenciosas nesta quarta-feira. (Imagem: Inter/Facebook)

Atualização 15h09. Banco Inter (INTR;INBR32) faz o desligamento de 100 funcionários na sua operação brasileira. A informação está sendo espalhada por colaboradores nas redes sociais nesta manhã.

Para muitos, o anúncio veio como uma surpresa, gerando uma onda de comentários críticos. Isso, porque a medida parece ter afetado funcionários que vinham recebendo elogios sobre o desempenho deles no trabalho.

“Apesar dos contínuos feedbacks positivos, ontem, para a minha surpresa, me despedi do Inter e dos meu colegas de trabalho que me acompanharam nesses últimos dois anos”, comentou um dos afetados pelo corte.

Ainda de acordo com os ex-colaboradores, essa foi a maior das rodadas de cortes, que antes vinham ocorrendo de forma faseada.

O layoff no Banco Inter se soma à tendência de demissões que atingem fintechs e unicórnios do Brasil nos últimos meses, como o Banco Neon e o iFood.

A redução no quadro de pessoal representa aproximadamente 2% da força total de trabalho, que possui aproximadamente 4,8 mil funcionários.

Em nota, o Banco Inter diz: “O Inter realizou ajustes no quadro de colaboradores, priorizando alguns projetos e adequando a estrutura organizacional para cumprir o planejamento estratégico previsto para os próximos anos. O Inter agradece e destaca o papel de cada colaborador na construção da história da empresa. A Companhia segue realizando contratações alinhadas com o crescimento e a expansão do negócio.

Demissões no Inter ocorrem um dia após balanço de fintech

A fintech reportou resultados no primeiro trimestre nesta última terça-feira (10), trazendo foco no controle de gastos, sobretudo, da parte de despesas de pessoal.

O Inter reportou lucro de R$ 28,8 milhões, equivalente a um ROE (retorno sobre o patrimônio) trimestral de 1,4%, mas que denota uma queda de 16% em relação ao lucro obtido no último trimestre de 2022; a receita bruta alcançou a R$ 1,8 bilhão e a base de clientes ativos ultrapassou a marca dos 26,3 milhões.

O banco promoveu um freio ao crescimento de crédito, sinalizando maior ênfase em produtos menos arriscados, como consignado e imobiliário. O BB Investimentos também destaca nos resultados trimestrais o enxugamento do quadro de funcionários ajudou no controle das despesas da fintech.

A empresa tenta coibir o avanço da inadimplência, que marcou a expansão da sua carteira de crédito após a pandemia e tem prejudicado os índices de eficiência do banco.

Estagiário
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
Jorge Fofano é estudante de jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes da USP. No Money Times, cobre os mercados acionários internacionais e de petróleo.
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