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Ivan Sant’Anna: educação em primeiro lugar

09 dez 2019, 11:00 - atualizado em 09 dez 2019, 11:04
Nos Estados Unidos, onde os bons cursos universitários são caríssimos, é rotina os pais pouparem para a universidade dos filhos desde o nascimento deles (Imagem: EBC)

Por Ivan Sant’Anna, autor das newsletters de investimentos Warm Up Inversa e Os Mercadores da Noite

Caro leitor,

Na manhã de segunda-feira 16 de abril de 2007, Seung-Hui Cho, 23 anos, estudante coreano da Virginia Polytechnic Institute and State University, chegou armado ao campus, matou 32 colegas e professores, além de ferir outras 17 pessoas antes de se suicidar. Isso aconteceu na cidade de Blacksburg, no estado americano da Virgínia.

É difícil chegar a uma conclusão sobre os motivos que levam um jovem a cometer tal chacina. O certo é que ele tirava péssimas notas, enquanto sua irmã se destacava nos estudos numa universidade da Carolina do Norte.

Como esse tipo de acontecimento é comum nos Estados Unidos, não me impressionei muito com o massacre, apesar de suas dimensões. Mas uma notícia publicada nos jornais chamou minha atenção: os pais de Seung-Hui gastavam 70% do lucro da lavanderia que possuíam com os estudos dos filhos.

Isso não é novidade na Coreia do Sul, onde a educação dos jovens representa a despesa e o encargo mais importante de uma família. Enquanto os pais poupam para a universidade dos filhos, os avós acompanham o desenvolvimento escolar deles.

No Japão, na China, em Taiwan e Cingapura, assim como em diversos outros países asiáticos, é a mesma coisa. Não é à toa que eles deixaram o Brasil para trás nas últimas décadas.

Em 2008, passei 40 dias no Paquistão. Lá, o comportamento das famílias seria a mesma coisa, não fosse uma diferença gritante: só vale para os filhos homens.

É bom lembrar que a prêmio Nobel da Paz Malala Yousafzai foi agraciada com a honraria após ter sido, aos 12 anos de idade, baleada na cabeça por fanáticos do Talibã (pleonasmo?) no vale do Swat quando, em 2012, exercia a missão autoimposta de defensora do ensino feminino.

Nos Estados Unidos, onde os bons cursos universitários são caríssimos, é rotina os pais pouparem para a universidade dos filhos desde o nascimento deles.

Já no Brasil esse hábito não é comum. Mas precisamos criá-lo imediatamente. E a Inversa quer ter parte atuante nesse processo de aculturamento.

Para ser honesto com vocês, caros amigos leitores, jamais tive esse procedimento. Poupei dinheiro, mas não com essa rubrica específica.

Felizmente, na hora que foi necessário, consegui, com a colaboração financeira de minha atual mulher e da anterior, mães de meus três filhos, pagar estudos fora do país para eles.

Houve colaboração. O mais velho distribuiu panfletos nas ruas de Londres, onde estudava inglês. O do meio, matou galinhas num abatedouro de Gainesville, Flórida, onde cursava Matemática na University of Florida.

A caçula, de meu segundo casamento, hoje cidadã britânica, e ativista anti-Brexit, trabalhou em part time job, fazendo suco de frutas em uma lanchonete da City londrina, enquanto obtinha seu mestrado em Neurociência na University of Westminster.

Muito mais importante do que deixar um apartamento para cada filho, é poupar todos os meses, desde que o primeiro teste de gravidez dê positivo, para que eles próprios, lá adiante, possam materializar seus futuros.

Educação completa é o maior patrimônio que uma pessoa pode ter. Garantir a dos seus filhos é sua obrigação maior.

Para te ajudar com isso, vamos abrir amanhã um projeto inédito de geração de patrimônio. Ele vai preparar você para poder ter os recursos que precisa para garantir o melhor aos seus filhos e netos. Eu recomendo que você clique aqui, conheça os detalhes e participe.

Um abraço

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