JP Morgan compra ativos do First Republic Bank e traz alívio momentâneo para setor bancário

O JPMorgan Chase & Co vai comprar a maior parte de ativos do First Republic Bank, após o fechamento do banco pelas agências reguladoras dos Estados Unidos.

A Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) aceitou a oferta do banco americano e afirma que está firmando um contrato de compra com o JPMorgan para assumir todos os depósitos e ativos da instituição falida, com exceção da dívida corporativa e as ações preferenciais.

Com isso, os 84 escritórios do First Republic Bank distribuídos em oito estados norte-americanos serão reabertos como agências do JPMorgan Chase Bank, assim como os depositantes passam a fazer parte da carteira do JPMorgan. O acordo determina que o banco faça um pagamento de US$ 10,6 bilhões à FDIC.

• Quem tem medo do Leão? O Money Times disponibilizou o guia do Imposto de Renda 2023 como cortesia a todos os leitores. Retire o seu exemplar aqui e veja as melhores dicas para fugir da malha fina.

First Republic Bank

Em abril, o First Republic Bank tinha, aproximadamente, US$ 229,1 bilhões em ativos totais e US$ 103,9 bilhões em depósitos totais.

No entanto, na semana passada, o banco divulgou a saída de mais de US$ 100 bilhões de depósitos no primeiro trimestre. Isso aumentou o estresse da instituição e do setor bancário, que já viu a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank em março. Além disso, o Credit Suisse foi comprado pelo rival UBS.

Bernardo Brites, CEO da Trace Finance, a compra do First Republic Bank é algo negativo para o setor, pois gera menos competitividade.

Leia também

Carteira Recomendada

Vivo (VIVT3), JBS (JBSS3) e mais 3 ações para começar maio buscando lucros no curto prazo, segundo Terra

Brasil

Alô? Anatel vai dar um fim nas chamadas massivas de telemarketing

“Entretanto, entendemos que se o First Republic não tivesse sido adquirido e deixasse os depositantes no prejuízo com sua falência, causaria um grande impacto muito pior para o ecossistema de inovação e tecnologia americano”, afirma.

Brites destaca que poucas startups brasileiras devem ser afetadas, uma vez que o First Republic não costumava bancarizar empresas estrangeiras. Por outro lado, muitos fundos de Venture Capital tinham conta com a instituição, mas principalmente fundos americanos.

*Com Reuters