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Para XP, Lojas Americanas e B2W tiveram “trimestre excepcional”

08 maio 2020, 16:12 - atualizado em 08 maio 2020, 16:12
Lojas Americanas LAME4
A XP Investimentos ficou surpresa com o progresso na integração das operações físicas e online da Lojas Americanas e da B2W (Imagem: Money Times/Gustavo Kahil)

Os resultados da Lojas Americanas (LAME4) e de sua controlada B2W (BTOW3) vieram em linha com as expectativas da XP Investimentos. Contrariando os efeitos do coronavírus sobre os negócios da maioria das empresas, as varejistas reportaram crescimento no número de vendas do primeiro trimestre, principalmente no segmento online.

“Ficamos positivamente surpresos com o progresso significativo na integração das operações físicas e online (multicanalidade), a forte aceleração do e-commerce em abril e a melhora na dinâmica de capital de giro em ambas as empresas”, pontuou o analista de varejo, Pedro Fagundes.

Richard Cathcart e Flavia Meireles, da equipe de análise da Ágora Investimentos, defenderam a solidez dos resultados e chamaram atenção para a resiliência das marcas durante a pandemia.

B2W

O Volume Bruto de Mercadorias (GMV, na sigla em inglês) da companhia totalizou R$ 4,5 bilhões no período, representando um crescimento de 27,3%. Já a receita líquida veio 32,3% maior, alcançando R$ 1,7 bilhão e superando as estimativas da XP.

O capital de giro da B2W apresentou uma melhora de 43 dias em relação ao primeiro trimestre de 2019.

“Apesar de impactada pelas medidas relacionadas à covid-19, acreditamos que pelo menos parte da melhora possa ser capturada pela B2W de maneira sustentável, especialmente por meio de melhores negociações com fornecedores”, destacou Fagundes.

O prejuízo líquido de R$ 108 milhões, no entanto, ficou abaixo do esperado, impactado pelo aumento da depreciação e das despesas financeiras.

Lojas Americanas

A receita líquida da Lojas Americanas avançou 14,2% no trimestre, totalizando R$ 4 bilhões. As operações digitais, em especial, cresceram 32,3%, para R$ 1,7 bilhão.

O Ebitda ajustado teve crescimento de 4,8% e atingiu R$ 587,7 milhões, enquanto a margem caiu 1,3 ponto percentual e chegou a 14,5%.

Segundo a Ágora, a empresa soube controlar bem os custos e o capital de giro diante da dificuldade do cenário atual (Imagem: Divulgação)

Segundo a Ágora, a empresa soube controlar bem os custos e o capital de giro diante da dificuldade do cenário atual. Para a corretora, a Lojas Americanas soube adaptar seus negócios ao novo ambiente, integrando o WhatsApp e a modalidade do drive thru nos canais de pedidos e entregas.

“Continuamos esperando que a companhia seja uma das varejistas mais resilientes no ambiente atual, e vemos o múltiplo de 14 vezes o P/L (preço sobre lucro) para 2021 como atraente, uma vez que as ações negociam historicamente acima de 20 vezes”, afirmaram Cathcart e Meireles.

Recomendações

Os papéis da B2W e da Lojas Americanas registraram forte valorização nos últimos trinta dias. Tendo isso em mente, a XP disse que encontrou dificuldade em justificar um potencial de valorização significativo com os níveis atuais das ações. A recomendação da corretora, portanto, é neutra. Os preços-alvos indicados são de R$ 60 e R$ 22, respectivamente.

A Ágora tem recomendação de compra para a Lojas Americanas.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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