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Lucro do Burger King Brasil cai 50% no quarto trimestre, pressionado por norma e IR

20 fev 2020, 9:13 - atualizado em 20 fev 2020, 9:13
Sanduíche do Burger King
Sabor agridoce: números trimestrais para todos os gostos no Burger King Brasil (Imagem: Divulgação/Burger King/Facebook)

A BK Brasil (BKBR3), máster-franqueada da rede Burger King no país, encerrou o quarto trimestre com lucro líquido consolidado de R$ 41,3 milhões. A cifra representa uma queda de 50,6% sobre o mesmo período do ano passado, quando a empresa lucrou R$ 83,6 milhões.

Segundo o relatório que acompanha as demonstrações financeiras, o resultado foi pressionado por dois fatores. O primeiro é o efeito da norma IFRS 16, que muda os critérios de contabilização de contratos de arrendamento mercantil. Excluindo-se seu efeito, o lucro seria um pouco maior: R$ 47 milhões.

O segundo motivo é a base elevada de comparação. No quarto trimestre de 2018, a última linha do balanço da BK Brasil foi beneficiada por R$ 30 milhões em imposto de renda diferido – um evento não-recorrente.

Outros números mostram o crescimento da operação. A receita líquida trimestral subiu 11,9%, na comparação com o mesmo período de 2018, para R$ 803,4 milhões. O lucro bruto avançou praticamente na mesma velocidade (12,1%) e somou R$ 499,3 milhões.

Boa parte desse resultado, contudo, se perdeu em despesas gerais, administrativas e com vendas. Tanto, que a empresa obteve um lucro operacional, antes do resultado financeiros (juros, aplicações e dívidas), de apenas R$ 74 milhões – um crescimento de apenas 2,1% sobre o quarto trimestre de 2018.

Caixa

Com as empresas ainda se adaptando aos efeitos da IFRS 16, há números que andam em direções contrárias, conforme a norma que se segue. A geração de caixa, medida pelo ebitda, é um deles para o BK Brasil.

No geral, a nova norma tende a elevar o ebitda, já que os contratos de arrendamento mercantil de máquinas e equipamentos, entre outros, tendem, agora, a ter uma maior fatia contabilizada como amortização e depreciação.

Assim, o ebitda do BK Brasil, quando observada a IFRS 16, subiu 42% na comparação e alcançou R$ 154,8 milhões. A margem de ebitda cresceu 410 pontos-base, de 15,2% para 19,3%.

Mas, quando se exclui o efeito da norma, o ebitda ajustado da companhia avança bem menos (5,3%), para R$ 132,1 milhões. E, pior: a margem de ebitda cai 110 pontos, de 17,5% para 16,4%.

Veja a íntegra dos resultados do BK Brasil.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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