Eleições 2022

Lula solta verbo no Twitter: Ministro da Economia, só após eleição, e Bolsonaro “plagiador”

06 out 2022, 20:21 - atualizado em 06 out 2022, 20:21
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Lula acusa Bolsonaro de plágio, diz ser contra o teto de gastos e que ministro da Economia só será revelado se eleito (Imagem: REUTERS/Carla Carniel)

O segundo turno das eleições avança e a disputa vai ficando mais acalorada. Nesta quinta-feira (6), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas, usou sua conta no Twitter para acusar seu rival, o presidente Jair Bolsonaro, de plagiar propostas de seu plano de governo.

No caso, trata-se de um programa do petista chamado “Desenrola“, focado na recuperação do poder de compra de pessoas endividadas. Em uma das mensagens, Lula afirma que Bolsonaro pode até “copiar” a ideia, mas afirma: “faremos melhor.”

Lula critica teto de gastos

Há uma grande expectativa de economistas e do mercado para saber detalhes do plano de governo de Lula. Cresce a pressão para que o petista detalhe sua agenda econômica. Ainda no Twitter, ele declarou que ser contra o teto de gastos. Segundo ele, responsabilidade fiscal “não tem que estar em uma lei.”

Só depois das eleições

O nome de seu futuro ministro da Economia (ou da Fazenda, caso decida desmembrar a estrutura criada em 2019 por Bolsonaro) é outra inquietação do mercado. Também pelo Twitter, Lula manteve o mistério e justificou que, se revelar seu escolhido agora, corre o risco de perder todo o apoio que aglutinou de diversas correntes econômicas, incluindo alguns dos idealizadores do Plano Real.

Ainda para manter a base coesa, Lula sinalizou que não pretende construir uma política econômica apenas com o PT. Tudo somado, declarou que seu “Posto Ipiranga” só será conhecido depois de vencer o segundo turno.

Ansiedade do mercado com Lula

Economistas e agentes de mercado têm se mostrado ansiosos em meio à falta de sinais de quem poderá assumir a pasta da economia em um eventual terceiro governo do petista.

A economista-chefe da Veedha Investimentos, Camila Abdelmalack, avalia que o ex-presidente entendeu, com o resultado do primeiro turno, que será preciso prezar pela moderação no segundo round das eleições. Com isso, espera-se que o plano de governo de Lula e, principalmente, sua agenda econômica seja mais moderada. Sem espaços para aventuras no âmbito fiscal.

Segundo ela, a “boia de salvação” para o mercado é o Congresso eleito que, com um perfil mais liberar, deverá filtrar propostas mais populistas por parte do Lula, caso seja eleito.

“O perfil desse Congresso [eleito] sinaliza menos riscos quanto a irresponsabilidade fiscal ou quanto ao retrocesso em relação a reformas iniciadas no governo de Michel Temer. O mercado está se apoiando nisso”, acrescenta.

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Repórter
Jornalista mineira com experiência em TV, rádio, agência de notícias e sites na cobertura de mercado financeiro, empresas, agronegócio e entretenimento. Antes do Money Times, passou pelo Valor Econômico, Agência CMA, Canal Rural, RIT TV e outros.
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