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Magazine Luiza (MGLU3): 2022 será o ano da virada? Veja o que diz o S&P

14 abr 2022, 20:28 - atualizado em 14 abr 2022, 20:33
Magazine Luiza
O S&P crê que o Magazine Luiza apresentará melhora relevante de margens neste ano (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

A Standard & Poor’s reiterou o rating do Magazine Luiza (MGLU3) em AAA, a melhor nota de crédito para o mercado brasileiro.

De acordo com a agência de classificação de risco, o Magalu apresentou um elevado índice de dívida líquida ajustada sobre Ebitda em 2021, reflexo do maior endividamento bruto, com três novas emissões.

“Houve aumento no montante de recebíveis antecipados no ano, combinado com margens mais fracas, devido principalmente a um ano de retração das vendas em lojas físicas em função do ambiente macroeconômico desafiador”, argumenta.

Ademais, o Magazine Luiza apresentou resultados operacionais em 2021 abaixo das expectativas, “principalmente em termos de margens e alavancagem”, coloca no documento.

Apesar disso, o S&P diz que isso mudará em 2022. “Acreditamos que o Magazine Luiza apresentará melhora relevante de margens neste ano, resultado de iniciativas importantes nas quais a empresa vem trabalhando para retomar a sua rentabilidade”, diz.

A Standers & Poors prevê que o Magazine Luiza irá apresentar margem Ebitda em torno de 7% em 2022, com crescimento gradual nos anos seguintes, contribuindo para a redução do índice de dívida ajustada sobre Ebitda para cerca de 4,0x em 2022.

Já a dívida ajustada deverá permanecer próxima a R$ 12 bilhões nos próximos dois anos, após as emissões de debêntures e notas promissórias totalizando R$ 6,3 bilhões ocorridas em 2021, além dos maiores montantes de recebíveis no valor de R$ 5,2 bilhões antecipados durante o ano.

“Esperamos que a empresa continue mantendo posição de liquidez adequada nos próximos anos, com boa posição de caixa, geração de caixa operacional positiva e poucos vencimentos de dívida no curto prazo após as emissões recentes”, diz.

E-commerce, a chave do sucesso do Magazine Luiza

A agência recorda que o Magazine Luiza realizou cerca de 20 aquisições nos últimos dois anos, com objetivo
de diversificar o sortimento de categorias e produtos oferecidos em seu e-commerce, além de contribuir com a melhora de sua estrutura logística.

“Em nossa visão, parte importante da estratégia do Magazine Luiza para os próximos anos é continuar aumentando a representatividade de sua plataforma online, trazendo novos sellers para seu marketplace, com foco em varejistas locais que atualmente apenas vendem no formato físico”, completa.

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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