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Magazine Luiza (MGLU3) perde R$ 6 bi, duas Via (VIIA3), na Bolsa; oportunidade ou cilada?

16 maio 2023, 18:45 - atualizado em 16 maio 2023, 18:45

O Magazine Luiza (MGLU3) teve dia para esquecer após divulgar prejuízo de R$ 390 milhões, mais que o dobro do ano passado e o pior número desde que realizou o seu IPO (oferta pública de ações) em 2011.

Ao todo, a empresa perdeu R$ 6,6 bilhões em valor de mercado com o tombo de 22,83% na ação, segundo dados do TradeMap. O valor equivale a duas Via (VIIA3), que hoje vale R$ 3,4 bilhões.

Segundo a companhia, o valor foi afetado por maiores despesas financeiras e taxa de juros mais elevada.

A companhia disse que vai repassar mais no segundo trimestre o impacto da volta do imposto Diferencial de Alíquota do ICMS (Difal) do que no primeiro trimestre e que espera repassar “praticamente tudo” ao longo do ano.

Hora de comprar ou vender Magazine Luiza?

Para analistas, o cenário econômico continua sendo a grande pedra no sapato da varejista.

Segundo Fernando Ferrer, da Empircus, o crescimento do segmento online e das lojas físicas vão continuar pressionados, devido à alta exposição em categoriais cíclicas, como eletrodomésticos e eletroeletrônicos.

Além disso, os juros elevados ainda afetarão os resultados da Magazine Luiza, principalmente do LuizaCred. O analista afirma que o segmento deve observar aumento na inadimplência e nas provisões de crédito.

Do lado positivo, a companhia deve aproveitar a migração dos clientes da Americanas (AMER3), como já fez nos três primeiros meses deste ano, segundo o analista. Entretanto, os pontos negativos devem sobrepor o ganho de market share, diz Ferrer.

Em relatório, a Genial Investimentos destacou o menor crescimento de receita e maior pressão na margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) na comparação anual.

Apesar disso, Iago Souza e equipe de analistas da corretora não alteraram a recomendação de “manter” os ativos do Magazine Luiza, com um preço-alvo de R$ 5.

Para Pedro Serra, analista da Ativa Investimentos, embora a varejista tenha apresentado crescimento em receitas, lucro bruto e Ebitda, havia “uma expectativa maior quanto a esse avanço”.

A corretora também manteve uma recomendação “neutra” para as ações, “entendendo a dificuldade que o setor enfrenta e seguirá enfrentando enquanto a conjuntura macro não melhorar”.

Com informações da Reuters, Iasmim Paiva e Giovana Leal

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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