Marina Silva: Ministra ou autoridade climática? Entenda a diferença entre os cargos

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva já anunciou o nome de 21 ministros de seu futuro governo. No entanto, ele se meteu em uma sinuca de bico no que se refere a encontrar um cargo para Marina Silva e Simone Tebet.

A senadora e ex-candidata Simone Tebet foi uma das principais aliadas de Lula no segundo turno das eleições e tinha o plano de assumir o Ministério do Desenvolvimento Social. No entanto, a pasta foi para o ex-governador Wellington Dias.

Agora, Lula quer colocar Simone no Ministério do Meio Ambiente. Mas ela não quer tirar o lugar de Marina Silva, que já era cotada para o cargo e, inclusive, já foi ministra.

A solução do novo presidente é convencer Marina a aceitar o cargo de autoridade climática, ou Autoridade Nacional do Meio Ambiente, deixando o Meio Ambiente livre para Simone.

O que é uma autoridade climática?

Caso o plano funcione, a ideia é que seja criada uma autarquia climática no Brasil.

Autarquia é uma instituição com capacidade de autogestão, que pode ser responsável por algum setor e que funciona como órgão federal. O Banco Central, por exemplo, é uma autarquia.

Diferente do cargo de ministro, que cuida só da sua pasta, a autoridade tem autonomia para trabalhar projetos em outros ministérios.

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A missão é fazer “gestão transversal” do tema de meio ambiente com os demais ministérios. Ou seja, a autoridade ajudaria o governo a supervisionar, corrigir rumos e aprofundar políticas climáticas, além de coordenar ações na área ambiental.

A princípio, a autoridade climática teria status de ministério ligado à Presidência da República.

Marina, por outro lado, defende a autoridade climática deve ficar subordinada ao Ministério do Meio Ambiente e não à Presidência, como seria o cargo oferecido a ela.

Caso Marina seja confirmada como ministra, aí o posto de autoridade climática ficaria com a ex-ministra Izabella Teixeira.