Pecuária de corte

Mercado viu JBS e Minerva fora das compras testando freio no boi; Marfrig operou pouco

12 nov 2020, 17:23 - atualizado em 12 nov 2020, 17:31
Boi
Escassez de animais acabados é forte, mas indústrias testam endurecimento (Imagem: REUTERS/Ueslei Marcelino)

Os três grupos frigoríficos dominantes estão tentando um movimento de força contra a escalada do boi gordo.

Começaram há uns dois a comprar menos, mas com efeito reduzido no preço do animal que alcançou os R$ 300, e nesta quinta (12) teriam parado as aquisições praticamente em conjunto.

Vão tentar trabalhar com o boi de contrato (a termo) que está saindo do confinamento e com os animais próprios, acredita Juca Alves, produtor de Barretos.

Sobre o JBS (JBSS3) e o Minerva (BEEF3) as informações são mais seguras de que vão levar essa pressão sobre os produtores até pelo menos o início da semana, forçando o produtor a ficar com a oferta na mão.

O Marfrig (MRFG3) ainda teria comprado alguma coisa hoje, segundo viu Caio Godoy, consultor de gerenciamento de risco da StoneX. Mas pode sair fora amanhã.

“Eles (os frigoríficos) conversam entre eles e combinam a parada das compras”, diz Alves.

Com o boi mostrando muita restrição de oferta, cedo para se saber se haverá reflexo generalizado e sólido na praça.

Ao menos a referência de balcão da Agrifatto caiu marginalmente em São Paulo, 0,35%, com a @ a R$ 286, e a da Scot ficou estacionada, desde ontem, em R$ 285.

Resta esperar o indicador do boi gordo Cepea, que está há dias cerca de R$ 5 acima do preço levantado pelas consultorias, para ver se a instituição captou movimento significativo pelos frigoríficos menores.

Mas o pecuarista do Norte paulista não vê esse jogo muito favorável aos grandes por muito tempo. Os bois já negociados antes e os próprios não duram muito e as empresas vão precisar comprar, podendo encontrar um produtor mais duro ainda.

Mesmo porque, segundo ele, boi de pasto vai demorar muito para aparecer, “lá para março”, e os compradores não poderão jogar com a especulação das chuvas que deverão aumentar.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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